O procurador-geral dos EUA demitiu o número dois do FBI, a pouco mais de um dia de este se reformar, uma decisão que lhe retira parte da sua pensão.
Num comunicado citado pela EFE, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, esclarece que uma investigação interna da polícia federal norte-americana e do Departamento de Justiça concluiu que Andrew McCabe deu informações, de forma não autorizada, a meios de comunicação social e não foi franco, mesmo sob juramento, em múltiplas ocasiões.
Concretamente, o número dois do FBI teria permitido a divulgação de informação relativa a uma investigação sobre doações recebidas pela Fundação Clinton, de que fazia parte a democrata Hillary Clinton, que disputou as presidenciais com Donald Trump.
Com base nas conclusões de um relatório e a recomendação por parte do departamento do FBI que tem a seu cargo as questões disciplinares, Sessions tomou na sexta-feira a decisão de demitir McCabe antes de este se reformar no domingo, no seu 50.º aniversário.
A sua demissão tem como consequência imediata a perda de uma significativa parte da sua reforma.
O número dois da polícia federal norte-americana abandonou o cargo no dia 29 de janeiro, depois de mais de um ano de críticas do Presidente e de responsáveis republicanos que o acusavam de ser próximo dos democratas.
Mas a Casa Branca rejeitou qualquer responsabilidade na saída de McCabe da direção do FBI. “A Casa Branca não desempenhou qualquer papel nesta decisão”, assegurou na ocasião a porta-voz do executivo, Sarah Sanders.
A demissão de McCabe tinha efeitos imediatos, mas este ficaria no registo dos funcionários da polícia federal até março, por razões administrativas.
// Lusa