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Antes de morrer, pense no legado digital que quer deixar

A Law Society de Inglaterra e País de Gales está a incentivar as pessoas a pensarem no seu legado digital antes da sua morte. A ideia é que deixem instruções relativamente aos seus bens digitais, à semelhança de um testamento, no qual se incluem bens materiais.

A morte pode estar a ficar mais digital, mas o nosso legado está a ficar para trás. Quando se está já deitado numa sepultura inteligente, após uma autópsia de alta tecnologia, o que acontece com a nossa vida digital, na qual se investiu tanto tempo?

Esta vida, em forma de contas online, redes sociais, entre muitos outros, não morre necessariamente connosco; mas se nada se fizer com ela, se não se deixar uma espécie de instruções pós-morte, pode ficar no limbo virtual.

As regras em redor dos activos digitais não são tão lineares como declarar, em último desejo solene, que gostaria de deixar todo o seu dinheiro aos seus gatos.

Porém, há determinados factores que podem ser considerados, nomeadamente o tipo de bens que se pretende passar.

O primeiro a ter em conta, serão as contas bancárias e possíveis investimentos. «É preciso estar ciente dos seus investimentos online e manter um registo dos mesmos, de modo a que quem ficar encarregue dos bens digitais seja capaz de perceber o que está em seu nome», explicou Gary Rycroft, membro da Law Society, em declarações à Motherboard. «Caso contrário, os activos ficam em risco de se perderem».

Mas os investimentos são apenas a ponta do iceberg quando se trata de bens digitais.

Se para muitos, pouco importa o que acontece às suas páginas de redes sociais depois de mortos, para outros é de extrema importância que, mesmo depois de estarem sete palmos abaixo da terra, as suas contas sejam cuidadosamente tratadas.

A estes, Rycroft sugere que deixem instruções sobre o que deve acontecer com os seus perfis, se devem ser completamente desactivados ou mantidos congelados, como uma espécie de página memorial.

O ponto principal será mesmo deixar uma lista de todas as suas contas digitais – bem, pelo menos aquelas que pretenda que familiares e/ou amigos tenham conhecimento – para que não caiam no esquecimento.

CG, ZAP

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