Animais vão ajudar a prever terramotos na China

Um grupo de cientistas chineses quer usar animais para tentar perceber quando um terramoto está eminente. Para isso, alguns jardins zoológicos da região são agora centros de observação.

De acordo com o site Modern Express, sismólogos em Nanjing, capital da província de Jiangsu, no leste da China, construíram sete centros de observação em jardins zoológicos da região.

Desta forma, os profissionais poderão observar mudanças de comportamento nos animais, que podem estar diretamente relacionadas com a iminência de um terramoto.

“Por vezes, os animais ficam stressados antes de um terramoto”, diz Zhao Bing, diretor de monitoramento científico do escritório sismológico de Nanjing.

Um jardim zoológico, no distrito de Yuhuatai, tornou-se o primeiro dos sete centros, com duas mil galinhas, 200 porcos e 2 km2 de tanques de peixes em observação.

Foram instaladas câmaras à volta do parque e os funcionários vão enviar, duas vezes por dia, relatórios aos sismólogos sobre o comportamento dos animais.

Porém, não é uma mudança repentina num animal que dita se um terramoto vai mesmo ocorrer e é por isso que as espécies são observadas.

“O comportamento precisa de ser cruzado”, explica Zhao Bing.

Um dos funcionários do jardim zoológico de Hongshan, mais um dos centros de observação, afirma que os animais podem ser tão eficientes como a tecnologia a prever um terramoto.

“Os pássaros, por exemplo, ficam nervosos – se eles começam a abanar as asas tal como os cães abanam os rabos, é um sinal de que nos devemos preocupar”, afirmou Zhijun à imprensa local.

Acreditar que os animais podem servir como uma espécie de alerta sobre a atividade sísmica não surgiu agora.

Em 2011, um grupo de cientistas constatou que os animais podem detetar certas mudanças químicas na água antes da ocorrência de um terramoto.

O estudo foi motivado depois de uma colónia de sapos ter abandonado um charco na cidade italiana Áquila, dias antes desta ser devastada por um sismo de magnitude 6,3 na escala de Richter.

Outra pesquisa revelou mudanças no comportamento dos animais três semanas antes de um terramoto de magnitude 7,0 que atingiu o Peru em 2011.

ZAP / BBC

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