Um colecionador de arte norte-americano diz ter escondido um tesouro nas montanhas de Santa Fé que vale cerca de dois milhões de dólares. Para o encontrar, basta descobrir as pistas que estão num poema do seu livro de memórias.
Muitas peças de ouro e rubis, oito esmeraldas, duas safiras do Ceilão, vários diamantes, duas peças antigas de jade chinês e pulseiras de ouro da era pré-colombiana.
É assim que Forrest Fenn, um colecionador de arte milionário, descreve o seu tesouro, supostamente escondido entre as montanhas da região de Santa Fé, no Novo México.
O ex-piloto americano, de 82 anos, assegura que o tesouro pode valer cerca de dois milhões de dólares. Para o encontrar, basta seguir as nove pistas escondidas num poema do seu livro de memórias, conta a BBC.
O poema de 24 versos está incluído no livro “The Thrill of the Chase”, que está à venda por 35 dólares no Novo México, aparecendo na lista dos livros mais vendidos das livrarias locais.
Para já, sabe-se apenas que o tesouro está a menos de 13 quilómetros de Santa Fé, entre as montanhas, e a mais de 1.500 metros sobre o nível do mar.
Em declarações a um blogue que compila informação sobre o tesouro, citado pela emissora britânica, o colecionador afirma que só fez isto “para obrigar as pessoas a saltarem do sofá“.
Aliás, o americano diz que está muito contente com a adesão das pessoas que, logo depois do livro ser publicado, começaram a procurar o tesouro a partir de mapas ou com a ajuda do Google Earth.
“Estou muito satisfeito pela forma como o meu livro foi aceite. Muitas pessoas já o leram várias vezes, sempre à procura de mais pistas ou de novos indícios que os ajudem na sua procura pelo tesouro”, conta.
Fenn estima que, durante os últimos cinco anos, cerca de 65 mil pessoas tentaram encontrar o cofre de bronze em que depositou algumas das suas relíquias.
O colecionador conta que recebe centenas de e-mails com perguntas sobre o tesouro mas admite que só responde a um por semana. E, por vezes, as respostas acabam por ser mais crípticas que o próprio poema.
Apesar de vários aventureiros unirem esforços para encontrar o tesouro, muitas outras pessoas apontam o dedo a Fenn, considerando que tudo não passa de uma estratégia para vender mais livros.
As críticas também aumentaram a partir do momento em que esta busca já pôs em perigo a vida de várias pessoas, levando a operações de resgate.
O caso mais grave é o de Randy Bilyeu que, à custa do desafio, está desaparecido nas montanhas de Santa Fé há seis meses.
Por causa destes casos, Fenn apela ao bom senso das pessoas e alerta para os riscos que correm enquanto procuram o tesouro.
“Aplaudo todos os que se mantêm na busca e desfrutam do que a natureza tem para oferecer. O lugar onde deixei o tesouro não é um lugar perigoso. Aos 85 anos podia voltar lá para o recuperar”, explica.
“Qualquer lugar pode chegar a ser perigoso para qualquer pessoa que viole as regras do senso comum”, alerta.
ZAP / BBC
Mas que bela artimanha para vender o livro e assim arranjar uma fortuna que provavelmente nunca teve na vida!