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Aluna de 15 anos agredida por 30 colegas após troca de olhares

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Tiago A. Pereira / Flickr

Uma jovem de 15 anos foi agredida por cerca de 30 colegas estudantes, após uma troca de olhares com outra rapariga na Escola Secundária de Alvide, em Cascais.

O caso é contado pelo Correio da Manhã (CM) que refere que as agressões ocorreram na segunda-feira à tarde, no momento em que os estudantes saíam da escola, após o fim do período lectivo.

Terá sido uma troca de olhares entre a estudante agredida e outra aluna envolvida a despoletar o incidente violento. Têm ambas 15 anos, segundo o referido jornal.

“Estás a olhar para quem, p**a?”, terá questionado uma das estudantes, dirigindo-se à que acabou agredida, como relata o CM.

A agressão só ocorreu oito horas depois disso, com o envolvimento de um grupo de cerca de 30 alunos, alguns dos quais terão sido “chamados” através das redes sociais, como conta a mesma fonte.

Os agressores filmaram o ataque e partilharam as imagens nas redes sociais.

A adolescente agredida foi assistida na Urgência pediátrica do Hospital de Cascais, apresentando “múltiplos traumatismos, escoriações nas pernas e braços e cortes nas mãos”, aponta o CM.

A GNR já remeteu o caso para o Ministério Público (MP) e está a fazer “diligências para identificar os agressores“, como nota o mesmo jornal. A força policial também reforçou a vigilância junto à escola.

A direcção do Agrupamento de Escolas de Alvide ainda não se pronunciou sobre o caso.

Aluno que deixou colega em coma começou a ser julgado

Em Santa Maria da Feira, começou a ser julgado, nesta terça-feira, um jovem de 21 anos acusado de ter agredido violentamente um colega da escola, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, em 2018.

Acusado dos crimes de ofensa integridade física grave e omissão de auxílio, o arguido disse que foi provocado pelo ofendido e que ambos se envolveram numa luta após uma troca de palavras.

O jovem também admitiu ter dado “dois murros” no rosto do ofendido, mas negou as agressões na cabeça, contrariando a acusação do MP.

Confirmou ainda que após a luta, deixou o colega prostrado no chão e foi para a sala de aula. Mas garantiu que lhe teria prestado auxílio se soubesse o estado em que ele estava.

Os factos ocorreram a 30 Novembro 2018, cerca das 8:40 horas, junto à paragem do autocarro, situada frente à Escola Secundária Dr. Ferreira da Silva, em Cucujães, Oliveira de Azeméis.

O arguido e o ofendido, ambos então com 17 anos, discutiram e envolveram-se em agressões mútuas, tendo o primeiro desferido vários murros e pontapés na cabeça e em outras partes do corpo do colega.

Após o termo da luta, o ofendido ficou cambaleante e caiu ao chão, perdendo os sentidos. O arguido abandonou o local e dirigiu-se para o interior da escola, deixando o colega entregue à sua sorte.

A vítima foi socorrida pelos Bombeiros que a transportaram para o Hospital de Santa Maria da Feira, de onde foi transferida para o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, dada a gravidade do seu estado de saúde, onde chegou em coma.

Na sequência da agressão, o ofendido sofreu um traumatismo crânio encefálico e cervical seguido de Acidente Vascular Cerebral que lhe deixaram sequelas neurológicas.

Em Maio de 2019, o ofendido era titular de um Atestado Médico de Incapacidade Multiuso que lhe atribuiu 87% de incapacidade.

ZAP //

10 Comments

  1. Deem lá ouvidos a Psicólogos que nunca educaram ninguém na vida e continuem a castigar os meninos à Americana: Estadia no quarto «para pensar no que fez» seguida de sessão de «reforço positivo» (o que quer que essa treta seja).

    O respeito pelo próximo começa em casa, com o respeito pela família. O problema é que hoje em dia os pais não se fazem respeitar. Não fazem, nem podem…. cuidado!

    Sabiam que mandar um miúdo para o quarto, colocando-lhe a mão e direcionando-o para o mesmo, cai na definição de violência doméstica?? Ah, pois… basta alguém dizer que a criancinha foi «empurrada».

  2. Moro ao lado de un Colégio , sem “generalizar” , a linguagem em que se exprimem certos grupos de adolescentes na via Publica , é de arrepiar ! …. o Desrespeito e falta de Educação nos Estabelecimentos onde entram , mostram bem o laxismo que deve reinar no seio Familiar , claro que punir o Menino(a) , com uma boa bofetada , é crime . Eu apanhei algumas , mas aprendi o Respeito ! . Sô sabe EDUCAR quem é EDUCADO , e estes acontecimentos mostram bem a decadência da Sociedade da qual todos fazemos parte ! ….. Mas quando maus exemplos veem dos mais Poderosos e de quem tem por missão Governar e Incluir o Civismo nas Jovens mentes , não é de admirar que tais factos aconteçam ! …. No meu tempo havia aulas de Educação Cívica , e umas palmadas bem assentes se necessário , hoje chaman-lhe outra coisa “Aulas de Educação Moral e Cívica” que de nada serve por os vistos !

  3. Estou do lado do “Atento”. Ninguém pode dar aquilo que não tem. É o caso da família e também da Escola. Infelizmente todos temos culpas, uns mais que outros talvez. Vamos procurar viver o melhor que podemos e esperemos não nos cruzar com alguém que não respeita o seu semelhante. Mas nós também temos de respeitar, para sermos respeitados.

  4. Mau pesada para esta gentalha e para todos os que agridam membros das forças da Lei. Devia haver punições exemplares. Isto está quase uma selva. Depois admirem-se que comecemos todos a andar armados. Se não há justiça, as pessoas terão de se defender de outras formas.

  5. Este tipo de situações é o extremo do que já acontecia antes. Sempre houve rufias e porrada nas escolas. A diferença é que se fazia um pouco a medo, porque se os professores ou os pais soubessem, sobrava para eles.
    Hoje em dia é à grande, sem se esconderem, porque ninguém lhes vai tocar. Aliás, estes episódios de violência só ocorre, a maior parte deles, precisamente por competição nas redes sociais para ver quem é “pior”, quem bate mais noutros.
    São educados nas redes sociais e pelos jogos de video violentos, os seus ídolos são deliquentes sem ética que mostram no youtube vidas luxuosas sem fazerem nada que não seja criminoso. Lá de vez em quando aparece um morto por outro “pior” que eles.
    Enfim, não sei que vai ser dessa gente. Nem para trabalhar servem.

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