Alforreca Darth Vader nunca antes vista foi descoberta nas profundezas do Oceano Pacífico

Raríssimo “predador gelatinoso” foi detetado a 1400 metros de profundidade, num dos ecossistemas mais remotos do mundo, mas os cientistas ainda têm uma dúvida: quem é a vítima de Darth Vader nos oceanos?

Uma alforreca nunca antes vista foi detetada nas zonas remotas do Oceano Pacífico.

A 1400 metros de profundidade, cientistas conseguiram filmagens claras do organismo com textura gelatinosa a navegar pelas águas do Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico — um dos ecossistemas menos explorados do Mundo.

A espécie provavelmente pertence ao género Bathykorus, espécie de alforreca também conhecida como alforreca “Darth Vader”, devido à sua forma semelhante ao capacete do vilão da ínfame saga, Star Wars.

Esta Darth Vader não está protegida por uma armadura como no filme, mas sim por uma pigmentação avermelhada que impede que a luz de presas bioluminescentes seja visível — permitindo uma inédita proteção contra potenciais predadores.

A alforreca, com apenas três tentáculos, é “extremamente rara“. O seu parente mais próximo, segundo o IFL Science, foi avistado uma única vez há quase dez anos na mesma região, pelo Explorador Okeanos da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional (NOAA).

Segundo o investigador da Agência Japonesa da Ciência e Tecnologia Marítimo-Terrestres, Dhugai Lindsay, a nova vilã do Pacífico “é um predador gelatinoso” que certamente “tem de estar a comer algo grande e também gelatinoso”.

No entanto, ainda não se descobriu quem é exatamente a presa deste organismo, que ainda nem tem uma nomenclatura.

Sabe-se que a vítima de Darth Vader, tal como Luke Skywalker faz com o seu sabre, também emite uma luz, através de uma reação química, como compensação pela falta de penetração da luz nas profundezas do oceano.

Outras alforrecas e pepinos-do-mar são, provavelmente, as vítimas desta Bathykorus, para além de outras presas bioluminescentes.

A descoberta desta espécie pode ser a primeira página da narrativa predadora do misterioso reino oceânico, e pode representar também todo um novo grupo de alforrecas pigmentadas por descobrir.

Tomás Guimarães, ZAP //

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