O estado de saúde da auxiliar de enfermagem espanhola infectada com o ébola agravou-se desde a manhã de hoje, com um irmão a confirmar que a situação está “complicada” e que os médicos não estão muito esperançados.
“Esperanças? É possível, mas dizem-me que não são grandes”, disse Romero Ramos, irmão da auxiliar de enfermagem, em declarações à La Voz de Galicia.
Segundo explicou, uma médica no Hospital Carlos III disse à família que “não há grandes esperanças” sobre o estado de saúde de Teresa Romero Ramos e que “a coisa está complicada”.
Posteriormente, concretizou que a paciente “está entubada e apresenta problemas pulmonares” e que os médicos estão a considerar recorrer a outro medicamento.
Recorde-se que a informação para já disponível – quando ainda não está concluída a investigação – sugere que uma cadeia de erros terá permitido o contágio da auxiliar de enfermagem.
A própria admitiu que terá tocado na cara quando retirava o fato protector que usou quando entrou no quarto do missionário Manuel García Viejo, a segunda vítima mortal espanhola do vírus, que foi transferido de África e morreu em Madrid.
Paralelamente, funcionários sanitários continuam a culpar as autoridades pela falta de formação dada às equipas envolvidas na resposta ao Ebola, com dúvidas sobre o tipo de fato protectores usados e outros procedimentos.
7 internados por prevenção
Entretanto responsáveis médicos no Hospital Carlos III confirmaram que actualmente, com a auxiliar de enfermagem, há sete pessoas internadas naquela unidade no âmbito do protocolo de prevenção do ébola.
Yolanda Fuentes, sub-directora do Hospital Carlos III confirmou que o número aumentou para sete depois da entrada de um médico, “que ficará sob vigilância activa”, juntando-se a Teresa Romero e a cinco outras pessoas sob observação.
São elas Javier Limón, marido da auxiliar de enfermagem infectada – que não apresenta sintomas mas contínua sob vigilância pelo risco de convivência com a mulher.
Está também o médico Juan Manuel Parra, que atendeu Teresa Romero nas urgências do Hospital de Alcorcon, sem sintomas e que entrou voluntariamente na quarta-feira, e a médico de família que atendeu a infectada no centro de Saúde de Alcorcon, ambos assintomáticos.
Sob observação estão também dois enfermeiros da equipa do Carlos III que tratou os missionários – à espera de realizar a primeira análise ao vírus
Cerca de 50 outras pessoas que estiveram em contacto com a paciente principal estão sob o protocolo de vigilância que consiste em medir a temperatura duas vezes por dia.
Paralelamente à parte clínica continua o debate em Espanha sobre as implicações políticas do caso.
O conselheiro de Saúde da Comunidade de Madrid, Javir Rodríguez – que na quarta-feira acusou a paciente infectada de mentir sobre o seu estado de saúde – corrigiu hoje as suas palavras, considerando que a mulher ocultou informação.
O Governo regional madrileno e o Ministério da Saúde espanhol, por seu lado, continuam a defender os protocolos em vigor atribuindo o caso de Teresa Romero a “um desgraçado erro humano“.
/Lusa
Epidemia de Ébola
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se circular mais virus com esta magnitude podem dizer adeus a maioria da humanidade…. governos teem de ser responsabilizados….fecham as ligacoes com outros paises….
quem entar nao pode trazer lixo para dentro…senao amanha estao todos em cheque mate…