Dirigente sindical da PSP faz greve de fome em Belém

O presidente do Sindicato Unificado da PSP, Peixoto Rodrigues, começou uma greve de fome, esta terça-feira, em frente à residência oficial do Presidente da República. Este é um caso inédito na força de segurança pública.

Desde as 10h desta terça-feira que Ernesto Peixoto Rodrigues está em greve de fome junto ao Palácio de Belém. O líder sindical exige que o Governo retome o pagamento do suplemento de férias, pede uma revisão dos subsídios e contesta a existência de dois subsistemas de segurança social, noticia a TSF.

“Está lá um banco de jardim, não tenho problemas em ficar lá”, disse Peixoto Rodrigues ao jornal i. O silêncio do Governo em relação às exigências da força de segurança levaram-no a tomar a decisão de fazer a greve de fome, idêntica à feita pelo presidente do Sindepor.

Em comunicado, o Sindicato Unificado da Polícia (SUP) afirma que as exigências não são infundadas e vêm no seguimento do “incumprimento da decisão judicial do Supremo Tribunal Administrativo, que condenou o Estado ao pagamento de todos os Suplementos Remuneratórios aos elementos policiais desde 2010, durante os períodos de férias”.

Outra das possibilidade, segundo o comunicado da SUP é “o aumento imediato do Suplemento por Serviço nas Forças de Segurança, para o percentual de 25%” ou “a revisão imediata do fator de sustentabilidade, aplicado aos profissionais da PSP, que se aposentaram entre 2014 e 2015, fator esse que resultou numa perda significativa do valor da pensão de aposentação”.

A greve de fome será apenas feita por Peixoto Rodrigues, mas contará com a presença em Belém de outros agentes da PSP, que irão apoiar o líder sindical em termos logísticos. Peixoto Rodrigues continuará a ingerir líquidos, mas não comerá alimentos sólidos.

“É uma ação planeada, que não é contra ninguém, mas sim a favor da PSP“, afirmou Peixoto Rodrigues em declarações à Lusa. “Os polícias fazem parte de um corpo especial da administração pública e são dos poucos que não têm direito à greve”, acrescentou.

As negociações com o Governo não estão a avançar, o que levou à frustração do líder da SUP. “Várias reivindicações estão em cima da mesa que são do conhecimento do Ministério da Administração Interna desde o ano passado e sem qualquer tipo de resposta ou de início de negociação”, citou o Correio da Manhã.

A greve de fome acontece na véspera de uma manifestação de polícias fardados marcada para Lisboa e organizada por vários sindicatos da PSP.

ZAP //

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