África do Sul. Autoridades combatem aluguer de cadáveres para diminuir fraude nos seguros de vida

Na África do Sul, são vários os casos de fraude nos seguros de vida, uma prática sustentada por morgues que alugam cadáveres. Para combater crimes do género, as forças policiais querem implementar novas ferramentas que permitem identificar os cadáveres antes de serem emitidas certidões de óbito.

Segundo noticiou o Week, citando o Independent, o diretor executivo da Agência Sul-Africana de Crimes de Seguros, Garth de Klerk, tem lutado contra este tipo de crime há algum tempo. Na semana passada, recebeu uma segunda reivindicação de um seguro por uma morte que já tinha sido registada no ano passado.

“A pessoa morreu em abril do ano passado e essa informação foi registada. Agora, recebemos outro registo, relativo à mesma pessoa”, indicou.

Normalmente, as morgues queimam os corpos que ficam ao seu encargo a tal ponto que estes não podem ser identificados, permitindo assim que sejam levados a diversos médicos legistas, com diferentes identidades, relatou o Independent.

Agência Sul-Africana de Crimes de Seguros planeia agora introduzir tecnologia de impressão digital para cadáveres, permitindo que sejam identificados e registados antes de ser emitido o atestado de óbito.

De acordo com o Independent, um relatório recente mostrava que o setor de seguros identificou, em 2018, 3708 casos de fraude nos seguros de vida, que resultaram em cerca de 69 milhões de dólares (cerca de 62 milhões de euros).

Donovan Herman, da seguradora Asisa, disse ao Independent que a maioria dessas ações fraudulentas ocorre em casas funerárias. A maior parte desses estabelecimentos não exige exames de sangue ou exames médicos, de forma a garantir um pagamento rápido.

O aluguer de cadáveres para fins fraudulentos não é um crime novo. Segundo o relatório, o setor de seguros sul-africano pagou 99,3% de reivindicações de apólices de vida, totalmente subscritas em 2018.

ZAP //

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