Um quarto dos adultos da União Europeia (UE) já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19, anunciou hoje a Comissão Europeia, celebrando o marco das 150 milhões de vacinas administradas no espaço comunitário.
“A vacinação está a ganhar velocidade em toda a UE: acabámos de passar os 150 milhões de vacinas” administradas, anuncia a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem na rede social Twitter.
Juntamente com um vídeo comemorativo do marco, com fotografias de cidadãos europeus vacinados contra a covid-19, Ursula von der Leyen divulga que “um quarto dos europeus [adultos] já tomou a sua primeira dose”.
“Teremos doses suficientes para vacinar 70% dos adultos da UE até julho”, garante ainda a líder do executivo comunitário, dada a ambição de chegar à imunidade grupo.
Ainda assim, a meta oficial da Comissão Europeia é que, até final do verão, 70% dos adultos europeus estejam imunizados com a vacina.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
A ferramenta online do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE e que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que uma média de 10,5% da população da UE está totalmente inoculada (com as duas doses da vacina contra a covid-19), enquanto 28,1% recebeu a primeira dose.
Em termos absolutos, equivale a 141 milhões de doses de vacinas administradas de 169 milhões de doses recebidas, sendo que os dados do ECDC dependem sempre das comunicações dos países e podem por isso não estar totalmente atualizados.
Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em doses aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como aliás aconteceu com a vacina da Johnson & Johnson.
EMA inicia avaliação de vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac
A Agência Europeia de Medicamentos iniciou hoje uma revisão contínua da vacina contra a covid-19 “Vero Cell”, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, e analisará em tempo real se cumpre os padrões europeus de segurança, eficácia e qualidade.
Só depois a EMA (na sigla em inglês), decidirá se aprova a utilização da vacina na União Europeia.
Em comunicado, o regulador refere que iniciou esta revisão com base nos “resultados preliminares dos estudos de laboratório e ensaios clínicos” que sugerem que a vacina desencadeia a “produção de anticorpos” que se dirigem contra o SARS-CoV-2, o vírus que provoca a covid-19.
O laboratório europeu que solicitou à EMA o estudo da vacina “Vero Cell Inactivated” chama-se “Life’On S.r.l”, apesar de o preparado ser propriedade da Sinovac Life Sciences Co., uma farmacêutica com sede na China.
A EMA anunciou ainda que vai avaliar os dados à medida que forem estando disponíveis para decidir se os benefícios superam os riscos.
“A revisão contínua vai continuar até existirem provas suficientes para uma autorização formal de mercado”, lê-se no documento da entidade europeia.
Espera-se que a vacina prepare o corpo para se defender da infeção por SARS-CoV-2.
A vacina contém SARS-CoV-2 que foi inativado (morto) e não pode causar a doença. Contém também uma substância que ajuda a fortalecer a imunização.
Quando uma pessoa recebe a vacina, o sistema imunitário identifica o vírus inativado como estranho e cria anticorpos contra ele. Se mais tarde a pessoa vacinada entrar em contacto com o SARS-CoV-2, o sistema imunitário vai reconhecer o vírus e preparar-se para defender o corpo contra a infeção, explica a EMA.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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