Confirmado: ADN rouba deputado à AD

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(dr) Bruno Fialho / Facebook

Bruno Fialho, líder do ADN

Pequeno partido terá aproveitado confusão e tirou um deputado à coligação em Viseu. Mas não conseguiu qualquer deputado.

O Chega não foi o partido que mais subiu nestas eleições legislativas, comparando com 2022. No número de deputados, foi.

No número de votos, em escala, foi o ADN que mais subiu.

Praticamente 10 vezes mais – e o Chega com 3 vezes mais (embora o Chega tenha convencido mais 700 mil eleitores e o ADN subiu 90 mil votos).

O ADN, que há dois anos não chegou aos 11 mil votos, está praticamente com 100 mil votos na elaboração deste artigo – mais do que CDS, PAN e Livre conseguiram nas legislativas em 2022.

A diferença é que ainda não elegeu qualquer deputado porque muitos dos votos foram em círculos eleitorais com menor expressão, no interior.

Deputado “roubado” em Viseu

Mesmo assim, o pequeno partido conseguiu “roubar” um deputado à AD, por causa da já anunciada confusão nas siglas.

Aconteceu em Viseu. Aplicando o método d’Hondt, que orienta todos os votos em Portugal, se todos os votos no ADN fossem na AD, a coligação de direita teria conseguido mais um deputado em Viseu.

Esses votos no ADN, que seriam (provavelmente não todos) na AD, permitiriam à coligação de direita tirar um deputado ao PS.

Em Viseu, a AD ficou com 3 deputados, tal como o PS. A AD com 77 mil votos, o PS longe, com 58 mil.

Os 6.615 votos que o ADN teve, juntando aos quase 77 mil votos da AD, permitiriam à coligação conseguir 4 deputados, deixando o PS com 2.

O resultado desta eleição pode ter sido influenciado pela confusão entre o ADN e a AD, que terá levado muitos portugueses a votar no “partido errado”.

A Alternativa Democrática Nacional (ADN) era o Partido Democrático Republicano (PDR), fundado em 2014 pelo antigo bastonário dos Advogados, António Marinho e Pinto.

O melhor resultado do partido, em legislativas, foi na primeira eleição em que participou, em 2015 (ainda enquanto PDR), quando conseguiu uma percentagem de 1,14%, correspondente a 61.632 votos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. A responsabilidade disto terá de ser atribuída a Montenegro, porque teimou em ressuscitar uma sigla antiga – que, ainda por cima, o obrigou a levar com o dinossauro PPM, cujos votos não compensaram os que perdeu para o ADN.

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