Ministro das Infraestruturas telefonou ao seu adjunto para dizer que o tinha despedido – mas, oficialmente, nada foi publicado.
É a polémica mais recente a envolver um membro do Governo liderado por António Costa mas, para já, não originou qualquer consequência imediata. Pelo menos oficialmente.
O caso é o de Frederico Pinheiro, adjunto de João Galamba, ministro das Infraestruturas.
Foi despedido depois de um conflito com o ministro, ainda na sequência da famosa reunião com a directora-executiva da TAP, um dia antes da audição parlamentar.
Pinheiro acusou Galamba de querer mentir no Parlamento, recusou entregar ao ministro as notas que tirou na tal reunião e, depois de ter sido despedido ao telefone, houve confusão no ministério com espaço a gritos, agressões e uma bicicleta atirada contra vidros.
O ministro continua no cargo. Após (mais esta confusão), João Galamba apresentou o seu pedido de demissão – mas o primeiro-ministro rejeitou esse pedido.
Frederico Pinheiro continua a ser adjunto de Galamba. Oficialmente, continua. Apesar do tal telefonema do ministro, ainda não foi publicado qualquer documento que confirme o despedimento do adjunto do ministro.
Os alegados “comportamentos incompatíveis” com as suas funções, segundo a versão do ministro, só originaram uma decisão comunicada por telefone, até agora.
“Até ao momento ainda não me foi dado a conhecer nenhum despacho de exoneração”, confirmou Frederico Pinheiro no jornal Correio da Manhã.
Qual é a diferença?
A principal diferença está relacionada com a noite em que decorreu a tal confusão no seu gabinete.
É que, nesse dia (tal como hoje), o antigo jornalista ainda era um membro do Governo e, por isso, tinha direito a pegar no seu computador – mas foi impedido por assessores de o levar, nessa altura.
Entretanto, o PSD já pediu à Polícia Judiciária elementos relativos ao computador de Frederico Pinheiro; e também pediu cópias dos autos e registos áudios da Polícia de Segurança Pública.
Caso Galamba
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Custa a acreditar que com tanta lenha para tentar queimar Frederico Pinheiro como Assessor do Delinquente Ministro das Infraestruturas, todas as pistas apontam para erros e mais erros institucionais da parte dos que deviam ser mais responsáveis. O primeiro erro foi aceitar João Galamba como Secretário e depois Ministro sem preparação para qualquer das importantes tarefas. Já estaríamos habituados a convites, de amizade, para Governante, por exemplo um tal de Miguel Relvas, com as inerentes características já reveladas quando aluno do famoso (pela delinquência de muitos alunos) Colégio de Tomar mas, com o P. M. Pedro Passos Coelho a sentir-se Dono Disto Tudo, levou o seu «amigo» a ter de deixar o Governo. Continuam a Não Aprender com os Erros do Passado.
Como Português apartidário, porque nenhum Partido se revelou merecedor da minha militância e assim poder elogiar ou acusar conforme as actuações, espero ansiosamente o desfecho das averiguações deste caso e que, desta vez, seja feita uma Justiça com a qual os Portugueses estejam de acordo, por muito difícil que seja acreditar em tal milagre.
A incompetência grassa não só naquele Ministério das Infraestruturas, como na generalidade do Governo, designadamente no tratamento dos problemas, caso da TAP. Infelizmente os portugueses é que vão pagar a indemnização da CEO da TAP e outros. Os Ministros deveriam ser responsabilizados solidariamente por estas indemnizações, quando decidem sem a devida fundamentação.
Tudo isto tem fácil solução : responsabilizar económicamente os delinquentes pelos prejuízos causados.
É que a responsabilidade política que enche a boca dos pseudo governantes é uma treta, como a conversa do outro …