Fabian Strauch / EPA
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A tarefa do Sporting era hercúlea e o Dortmund não deu veleidades para que a formação de Alvalade conseguisse recuperar a ampla vantagem de 3-0 na eliminatória em casa.
Os alemães dominaram completamente o jogo, os “leões” foram, inofensivos e, além dos muitos lesionados que têm no plantel, viram mais dois elementos sair por problemas físicos, João Simões e Morten Hjulmand.
Foi o adeus leonino à Champions, no play-off.
Se a tarefa leonina já era complicada, depois do que se viu na primeira parte ficámos com a ideia de que era quase impossível.
De regresso a um 3-4-3 a lembrar outros tempos, o Sporting praticamente não conseguiu encetar contra-ataques, recuando bastante perante a pressão do Dortmund, que esteve sempre por cima.
O “leão” terminou esta fase com apenas um remate, desenquadrado, e com dez bloqueios de passe/cruzamento, apenas menos dois que o seu máximo na prova.
No arranque do segundo tempo, Rui Silva fez falta sobre Karim Adeyemi na área. Penálti cobrado por Serhou Guirassy e… defendido por Rui Silva, que se ia destacando na partida com algumas belas intervenções.
Os alemães iam dominando e criando lances de perigo, Emre Can chegou a marcar, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo do médio, e os lusos apenas conseguiram o seu primeiro remate enquadrado aos 85 minutos, por Conrad Harder.
Assim é difícil.
O Jogo em 5 Factos
1. Poucas acções na área alemã
Nunca o Sporting registou tão poucas acções com bola na área adversária em jogos desta edição da Champions. A formação leonina registou apenas nove, quando a média por jogo até este dia era de 20,6.
2. Muitas perdas de bola em zona decisiva
Com um recuo acentuado ao longo de todo o jogo, o Sporting acabou também por bater um recorde pouco desejado, o de perdas de posse no terço defensivo. Ao todo foram 20, bem acima da média leonina de 13 por jogo.
3. Muita concentração defensiva
O nulo final é recompensa pela solidez do Sporting em termos defensivos. Os lisboetas fixaram novos recordes da equipa em intercepções (18, mais seis que o anterior máximo) e bloqueios de passe/cruzamento (16, mais quatro que o anterior).
4. Dortmund pressionante
O Sporting é que precisava de golos, mas quem pressionou muito foi o Dortmund. Os alemães bateram mesmo o seu recorde de acções defensivas no meio-campo contrário, nada menos que 21, bem acima da média de 13 por partida.
5. Muito pouco perigo
O Dortmund não marcou nenhum golo, mas a verdade é que criou o suficiente para fazer dois, pois terminou o encontro com 2,0 Golos Esperados (xG). O Sporting não passou de 0,3, com sete remates, apenas um enquadrado e quatro desses disparos de fora da área, demonstrativo das dificuldades sportinguistas em chegar a zonas de decisão.
Melhor em Campo
Grande jogo de Eduardo Quaresma, que aproveitou da melhor forma o regresso à fórmula dos três centrais. O central leonino ganhou 11 de 15 duelos individuais, mas o destaque vai mesmo para as 23 acções defensivas, com destaque para os nove desarmes e as sete intercepções – igualou os recordes da prova nestas duas variáveis. E ainda somou 90 acções com bola e acertou 57 de 61 passes (93%).
Resumo
// GoalPoint