JOSE SENA GOULAO/LUSA

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos.
Líder do PS convidou todos a olharem para a “meca do neoliberalismo”: o país mais rico do mundo tem “piores resultados na saúde do que Portugal”.
O secretário-geral do PS comparou este sábado o caminho que a AD quer trilhar “com a companhia” da Iniciativa Liberal com os Estados Unidos da América, que afirmou ter piores resultados na saúde do que Portugal.
“E se nós quisermos ver o fim do caminho que a AD quer trilhar em Portugal com a companhia da Iniciativa Liberal, eu convido-os a olharem para a meca do neoliberalismo, do liberalismo nos Estados Unidos da América (EUA) e verem o país mais rico do mundo com piores resultados na saúde do que Portugal“, afirmou Pedro Nuno Santos, num comício no Porto, onde centrou parte do seus discurso no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O líder do PS e candidato a primeiro-ministro realçou que o caminho do PS “não podia ser mais diferente”.
“Não precisam de inventar, só precisam de olhar para quem já fez esse caminho todo. Aquilo que nós fazemos, aquilo que o Fernando Araújo estava a fazer com o Manuel Pizarro, é olhar para o SNS, ver o que não está bem e corrigir. Havia uma reforma em curso para salvar o SNS, que foi interrompida pela AD e foi interrompida porque o objetivo era claro”, frisou.
E era claro porque, salientou, “eles não estiveram no parlamento a aprovar a fundação do SNS e ao fim destes anos todos continuam a não acreditar no SNS“.
“O Fernando Araújo já aqui lembrou as mães. E não há nenhum socialista que se sinta bem ou que aceite a situação que nós temos vivido nos últimos meses em Portugal no que diz respeito aos serviços de urgência obstetrícia. A confiança das nossas mulheres que estão grávidas no SNS não pode ser abalada, tem de ser protegida, porque nem todas as mulheres têm a capacidade de ir ao setor privado, precisam de um SNS forte”, sublinhou.
E, na sua opinião, o “SNS nunca falha” e quando “há uma mulher com problemas na sua gravidez ou no seu parto, só há um hospital que nunca diz que não, que nunca empurra para o outro” e “são os hospitais públicos”.
O secretário-geral do PS frisou ainda que a “saúde é um direito” durante o comício onde esteve acompanhado por Fernando Araújo, cabeça de lista do PS pelo distrito do Porto e o primeiro diretor-executivo do SNS.
“O serviço público tem problemas, não dá resposta, em vez da direita olhar para o SNS, ver o que não funciona bem e corrigir, aquilo que a direita faz é usar os problemas que existem, que nós nunca escondemos nem negamos no SNS, para depois desviar recursos do setor público para o setor privado“, referiu.
Acrescentando que aquilo que a direita faz é “não é melhorar a saúde em Portugal, é degradar as condições do SNS, dando mais poder económico ao setor privado, para que este continue a ir contratar profissionais de saúde ao SNS“.
“A estratégia não é nova e no dia que nós tivermos um fraco SNS e dependermos quase na exclusividade do setor privado de saúde, nesse dia, o setor privado tratará o que quiser tratar e cobrará ao Estado o que quiser cobrar”, frisou.
Num discurso de mais de 30 minutos que encerrou o comício socialista no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, Pedro Nuno Santos falou ainda sobre a Segurança Social e as pensões, a redução de impostos defendida pelo PS, quer no cabaz alimentar, quer na energia e destacou a aposta do PS nos transportes públicos e na ferrovia.
“Nós queremos levar os transportes públicos a todos os portugueses. Mas enquanto nós não o fazemos, nós temos que garantir que aqueles que dependem do automóvel para irem trabalhar consigam suportar os custos para se deslocarem, para poderem trabalhar, para poderem levar os seus filhos à escola. É por isso que vamos reduzir também os impostos sobre o automóvel”, anunciou.
O PS quer, segundo Pedro Nuno Santos, “baixar os impostos que toda a gente paga” e ter “uma política que permita continuar a subir os salários em Portugal”.
“Mais do que um choque fiscal, nós precisamos de um choque salarial em Portugal. O povo português precisa de receber e de ganhar melhores salários”, realçou.
// Lusa
E quem os juntou? PS
A memória é curta — ou Pedro Nuno Santos continua a servir-se da sua amnésia. Mas há limites. Quem devia guardar um silêncio envergonhado, dada a sua herança de polémicas, incompetência e decisões simplórias se não patéticas, insiste agora em dar lições de moral como se fosse um mestre iluminado. A hipocrisia atinge tal nível que já nem sequer se preocupa em disfarçar. Exibe-se com uma arrogância que só é ultrapassada pela sua impreparação e pequenez política. A questão não é se o eleitorado se lembrará do seu passado — mas se ainda resta algum pingo de decência para que ainda se lembre desse passado, que são nódoas que nunca o largarão.
“…porque nem todas as mulheres têm a capacidade de ir ao setor privado…! Reparem nesta frase deste icompetente e esmiucem o que ela significa. Este cavalheiro do PS, acabou a reforçar que o privado é melhor que o público. Foi um tiro no pé ideológico: em vez dedefender o SNS, pô-lo em segundo plano, a seguir ao privado. Ou seja: tentou atacar o privado e, sem querer, fez-lhe propaganda. Isto só prova que a amnésia continua a persegui-lo ou que a sua pequenez política é cada vez mais evidente.
Este gajo é um trampolineiro. Só diz baboseiras sem sentido. Já poucos o levam a sério,