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A Wright Electric revela o seu primeiro avião eléctrico

(dr) Wright Electrics

Avião eletrico ESAero ECO-150 da Wright Electrics

Avião eléctrico ESAero ECO-150 da Wright Electrics

O carro eléctrico já é assunto do passado para uma startup americana. A Wright Electric – uma provável alusão aos Irmãos Wright, apontados como pioneiros da aviação – quer colocar um avião movido a electricidade nos céus daqui a, no máximo, uns dez anos.

O objectivo da Wright Electric é realizar viagens curtas, de até 480 km de distância, como as rotas Londres-Paris ou Boston-Nova York.

A empresa norte-americana apresentou o seu conceito do novo meio de transporte durante o Dia de Demonstração da Y Combinator, uma das maiores aceleradoras de startups de Silicon Valley, nos EUA.

O avião da Wright Electric terá 150 lugares e promete competir num mercado dominado pelas aeronaves dos modelos 737 da Boeing e A320 da Airbus. Para conseguir essa proeza, a empresa fechou uma parceria com a companhia aérea britânica de baixo custo EasyJet.

Há uma semana, no blog oficial, a Wright Electric insinuou que tinha fechado um acordo com a EasyJet. “Estamos animados por informar que temos uma potencial parceria com uma companhia aérea. Além disso, um indivíduo quer o nosso avião de 150 lugares como seu jacto privado.”

Jeff Engler, CEO da startup, disse durante o evento que a forma e o design do avião não trarão nenhuma novidade. Essas componentes do design de uma aeronave já foram aperfeiçoadas, explica Engler, citado pelo TechCrunch.

Na realidade, o que dificulta o desenvolvimento do avião é o que o torna interessante: a bateria que irá alimentar os motores. Caso a tecnologia avance rapidamente e as baterias se tornem melhores, veremos um avião totalmente eléctrico na próxima década.

Contudo, se tal não acontecer, a empresa pretende lançar uma aeronave com um motor híbrido – um sistema já utilizado em alguns carros.

De acordo com a Wright Electric, para a aeronave se tornar viável electricamente, será preciso reduzir a velocidade de cruzeiro. Entretanto, a empresa reconhece que as instituições que regulam a aviação exigem reservas substanciais de combustível.

Isso, segundo a startup, dificulta o sonho da viagem de longo curso em avião eléctrico. “Não estamos perto de um avião comercial. Mas é um começo.”

Apesar disso, a startup mantém as suas esperanças e tem trabalhado com várias empresas do sector, como a Chip Yates – empresa que registou até agora o maior voo eléctrico do mundo: mais de 1.400 km numa só viagem.

// EcoD

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