Hoje à noite, a lua vai parecer enorme. À hora de jantar, não deixe de olhar pela janela — caso contrário, só verá uma destas daqui a quase um ano.
A NASA informou esta semana que a Lua estará cheia na sexta-feira às 21h29 de Portugal continental.
A Lua é considerada “Super Lua” quando está cheia e a sua órbita está no ponto mais próximo da Terra, segundo a NASA — embora o termo “Super Lua” não seja, segundo a NPR, o oficial. Quando este fenómeno acontece, as marés ficam mais altas do que o normal, diz a agência espacial.
Este evento celeste ocorre entre três a quatro vezes por ano — em grupo, ou luas cheias consecutivas, recorda a NPR, que acrescenta que, para os mais distraídos que passem ao lado do fenómeno, podem ainda conseguir ver a Super Lua cheia até domingo.
Mas é hoje que se vai registar o pico do fenómeno: “é a última Super Lua de 2024, o que significa que a Lua vai parecer maior e mais brilhante do que o habitual”, escreve a NASA.
Os americanos chamam à Super Lua que ocorre em novembro de “Beaver Moon”, a “Lua do Castor). De acordo com a NASA, “o termo tem origem numa variedade de tradições e folclore da cultura nativa americana e europeia. Uma explicação — novembro é a altura em que os castores se preparam para o inverno, fortificando as barragens e armazenando os seus alimentos”.
Para além disso, os castores também têm uma ligação com o espaço: a NASA ajuda os investigadores da espécie a recolher informações sobre ela, utilizando a frota de missões de observação da Terra para passar sobre as áreas onde se encontram esses animais, capturando imagens da paisagem onde habitam.
A primeira Super lua deste ano ocorreu em agosto, e coincidiu com um fenómeno raro: a Lua Azul. Esse fenómeno só se tornará a repetir em 2037, mas se perder o de hoje, não se preocupe: não é assim tão raro, e pode vê-lo em outubro do próximo ano, altura em que se vão registar três Super Luas seguidas.
Christopher Palma, professor do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Universidade da Pensilvânia, disse à NPR que é “definitivamente a favor de que toda a gente observe a lua, e quando ela aparece no seu tamanho máximo, quando está cheia, é a altura mais fácil de a observar”.
É por isso que deve usar um mapa lunar, para poder identificar as características da superfície da Lua. “Um sítio para começar é procurar a cratera Tycho“, recomenda o astrofísico.