Um nome que pode ter sido resultado de uma tradução mal feita há quase 500 anos. E não, não é azul.
Quarta-feira foi dia de olhar para o céu: era dia de uma rara “superlua azul”.
Durante a superlua, o satélite terrestre está posicionado no trecho da sua órbita mais próximo da Terra, especificamente a 357.344 quilómetros de distância do nosso planeta.
Esta era a segunda lua cheia em Agosto, a maior e a mais brilhante lua deste ano – que colocou muita gente a olhar para cima e a perguntar: “Superlua azul porquê? Não é azul”.
Pois, não é. A definição “azul” nada tem a ver com a cor da Lua, que não passa a ser azul.
O canal Deutsche Welle lembra que a definição de “lua azul” pode estar relacionada com uma tradução mal feita… há quase 500 anos. E relacionada com a religião.
Em 1528 foi encontrado um panfleto que, em inglês arcaico, anunciava “the mone is blewe”.
Estaria relacionado com feriados religiosos. Mas a “mone”, ou actual “moon”, a lua, não seria “azul” por ser “blewe” – mas sim “traiçoeira”, porque “belewe” era “traidor” naqueles tempos.
Ou seja, “a Lua é traiçoeira“.
A expressão seria uma referência a uma lua adicional numa determinada estação, que assim confundia ou “traía” as datas da Quaresma e da Páscoa. Tinha a ver com o calendário religioso, não com a cor da Lua.
A próxima “lua azul” será em 2026 mas a “superlua azul” só vai voltar em 2037.