A Tesla distraiu-se. A Lucid ultrapassou-a “sem qualquer dúvida” como líder tecnológica

“Claramente, temos a melhor tecnologia do mundo” em veículos elétricos, afirma Peter Rawlinson, diretor executivo da Lucid, que diz que os seus rivais levariam muitos anos a atingir o estado tecnológico em que a empresa se encontra atualmente.

A tecnologia da Tesla não está à altura do que a startup norte-americana de veículos elétricos Lucid Motors está a desenvolver, afirma o seu CEO.

“Claramente, temos a melhor tecnologia do mundo. Agora, tomámos o lugar da Tesla”, disse Peter Rawlinson ao Yahoo! Finance. “Tomámos o lugar. Sem dúvida.”

Não é a primeira vez que Rawlinson elogia a tecnologia da sua empresa — e provavelmente não será a última. Na sua opinião, o anterior líder tecnológico nos veículos elétricos “distraiu-se“.

Segundo Rawlinson, o mercado potencial para o Gravity, o próximo SUV da Lucid, será seis vezes maior do que o Air. Atualmente, o três volumes de luxo é o único veículo da empresa californiana disponível para venda.

Embora a Lucid tenha estabelecido recordes de vendas tanto no primeiro como no segundo trimestre do ano, as entregas estão abaixo das estimativas anteriores de 10.000 unidades anuais, mas a empresa afirma que está no caminho certo para produzir 9.000 veículos ainda este ano.

De acordo com Rawlinson, o Gravity deverá custar menos de 80.000 dólares quando chegar ao mercado.

 

Numa entrevista ao The Verge, Rawlinson adiantou esta quarta-feira que os primeiros compradores do Gravity deverão receber os seus SUVs até ao final de 2024, com a produção na fábrica da empresa no Arizona a iniciar-se no início de 2025.  Um modelo de tamanho médio, que deverá ser lançado no final de 2026, está também em desenvolvimento.

Num post recente no LinkedIn, Rawlinson afirma que o Lucid Air Pure é o carro de produção mais eficiente do mundo.

O CEO comparou também a tecnologia do Air com o de rivais como o Porsche Taycan e o Tesla Model S, no qual, nota o Quartz, Rawlinson trabalhou como engenheiro-chefe nos anos 2010. “Se o concorrente mais próximo continuasse a sua taxa de progresso, levaria muitos anos a igualar a Lucid como está hoje”.

Apesar da confiança de Rawlinson, a Lucid tem lutado nos últimos anos para manter a saúde financeira. Em maio, a startup despediu cerca de 6% da sua força de trabalho, no âmbito de uma reestruturação.

No início deste mês, a empresa reportou uma perda líquida de 790 milhões de dólares no segundo trimestre, embora a receita tenha crescido 33% em termos anuais.