A Rússia “libertou completamente” Kursk (com a ajuda da Coreia do Norte)

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Kremlin

Vladimir Putin em video-conferência com Valery Gerasimov

As Forças Armadas da Rússia afirmam ter “libertado” completamente a região de Kursk da presença de tropas ucranianas, e admitem ter tido ajuda da Coreia do Norte. É a primeira vez que o Kremlin reconhece a presença dos cerca de 11 mil soldados norte-coreanos a lutar pela Rússia na região.

O Kremlin afirmou este sábado ter expulsado as forças ucranianas da região de Kursk, na Rússia, após meses de combates intensos, e reconheceu pela primeira vez a presença de tropas norte-coreanas a ajudar as suas forças na área.

Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, informou este sábado o presidente Vladimir Putin da “completa libertação”» da região de Kursk, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal russa TASS.

“Hoje, a última povoação da região de Kursk, a aldeia de Gornal, foi libertada das forças ucranianas”, disse Gerasimov durante uma videoconferência com Putin, citada pelo The Moscow Times.

A aventura do regime de Kiev fracassou completamente“, respondeu Vladimir Putin a Gerasimov, agradecendo aos soldados pelo serviço e afirmando que a libertação de Kursk criará as condições para novos avanços em outras partes da frente de batalha na Ucrânia.

Segundo o Politico, o governo ucraniano nega que Kursk tivesse sido recapturada, afirmando que, embora as forças de Kiev estivessem numa posição «difícil», resistiram com sucesso ao cerco e repeliram vários ataques terrestres russos.

O Kremlin expressou também gratidão às tropas norte-coreanas destacadas na região para ajudar os esforços da Rússia. Segundo a Interfax, Gerasimov elogia a sua “força e heroísmo“.

É a primeira vez que o Kremlin confirma a presença de tropas norte-coreanas, que podem chegar a 11.000 efetivos, segundo estimativas ucranianas e sul-coreanas.

“Quero destacar especialmente a participação dos militares da República Popular Democrática da Coreia na libertação das áreas fronteiriças da região de Kursk, que, de acordo com o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre os nossos países, prestaram ajuda considerável na derrota do grupo do exército ucraniano que tinha lançado a incursão”, disse Gerasimov, segundo a TASS.

As forças ucranianas iniciaram o seu ataque a Kursk em agosto de 2024, na esperança de obrigar o Kremlin a redirecionar as suas tropas dos combates ferozes na região de Sumy, bem como na região de Donbas, que foi invadida desde que a Rússia iniciou a sua invasão em grande escala da Ucrânia no início de 2022.

 

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