A Welcome Stranger – a maior pepita da história – foi vendida pelos descendentes dos descobridores por cerca de 12.000 euros. No entanto, o seu valor pode chegar aos 2,5 milhões de euros.
Na década de 1850, milhares de pessoas foram para o famoso Triângulo Dourado, na Austrália, à procura de ouro.
Foi lá que dois mineiros britânicos, no dia 5 de fevereiro de 1869, descobriram a Welcome Stranger – a maior pepita de ouro da história.
John Deason e Richard Oates encontraram o achado envolto em quartzo, logo abaixo da superfície.
Com 61 centímetros de comprimento e 72 quilogramas de ouro puro, a pepita teve de ser partida em pedaços para caber na balança. Nem foi a tempo de uma fotografia.
“Tentei arrancar a pepita com a picareta, mas o cabo partiu-se. Peguei então num pé de cabra e levantei a pepita para a superfície”, escreveu o John Deason, citado pela BBC.
Vendida por uma ninharia
Os descendentes dos dois mineiros venderam na altura a pepita por cerca de 12.000 euros, uma quantia que equivaleria hoje a algo como 250 mil euros.
Mas, de acordo com a Executive Digest, a pepita poderia agora ter sido vendida por até 2,5 milhões de euros. Já a BBC avalia a pepita em 1.9 milhões, um pouco menos.
No dia em que a descoberta fez 150 anos, a tetraneta de John, Suzie Deason, lamentou não ter enriquecido graças à pepita: “Quando as pessoas ouvem o meu nome, perguntam-me sempre onde está o ouro ou se sou rica. Infelizmente não sou, e nem sequer temos jóias feitas com o Welcome Stranger”.
Apesar de a chamada “febre do ouro” ter acabado no século XIX, os especuladores de ouro continuam a ser atraídos para o Triângulo Dourado.
Recentemente, um cidadão australiano teve um encontro com a sorte ao descobrir, com recurso a um detetor de metais amador, uma pepita de ouro de 230 mil euros.