Operários, soldados e rainhas… Há uma espécie improvável que se destaca pela complexa estrutura social e capacidade física, e que, não tendo um poder central, tem conseguido manter uma civilização bem-sucedida, durante milhões de anos, o que as poderá tornar a maior civilização na Terra.
As formigas podem – sem darmos conta disso – estar a gerir uma das maiores civilizações do planeta, mesmo debaixo dos nossos pés.
A família Formicidae é composta por aproximadamente 12.000 espécies de formigas que partilham uma estrutura corporal semelhante e vivem em colónias complexas e socialmente organizadas.
De acordo com a IFL Science, um terço da biomassa animal da floresta tropical da Amazónia, é composto inteiramente por formigas e térmitas, tendo uma impactante influência ecológica global.
As habilidades de comunicação e divisão de trabalho das formigas são tão avançadas que podem transitar de papéis, como uma espécie de “progressão de carreira”, como enfermeiras para limpadoras de ninhos e forrageadoras, conforme revelado num estudo, sobre a espécie Camponotus fellah, publicado na Science, em 2013.
Uma das espécies de formigas mais notáveis são as corta-folhas dos géneros Atta e Acromyrmex, que podem carregar 10-50 vezes o seu próprio peso corporal. Em 2014, cientistas descobriram que a articulação do pescoço de uma formiga do campo americano podia suportar pressões 5.000 vezes superiores ao seu peso corporal.
As formigas são construtoras habilidosas, capazes de formar super colónias que se estendem até 6.000 quilómetros.
As formigas não são apenas operárias; são também agricultoras.
Também há ‘formigas coveiras’ que removem cadáveres da colónia para prevenir a propagação de doenças.
As formigas conseguem construir e sustentar sociedades complexas, sem qualquer forma de governo centralizado, sobrevivendo a outras espécies que evoluíram há 140 a 168 milhões de anos.
A durabilidade e a complexidade das formigas levam os cientistas a considerá-las como uma das maiores – se não a maior – civilizações da Terra.