A guerra está a chegar à Rússia?

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Yuri Kochetkov / EPA

Pela quarta vez este mês, Moscovo foi alvo de ataques de drones ucranianos, deixando a nu a vulnerabilidade da capital russa. “A Ucrânia está a ficar mais forte”, avisou o presidente ucraniano.

Após mais um ataque de ‘drones’ numa zona comercial em Moscovo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, avisou hoje que “a guerra está a chegar à Rússia e aos seus centros estratégicos e bases militares”.

“Gradualmente, a guerra está a regressar ao território da Rússia, aos seus centros simbólicos e bases militares. E este é um processo inevitável, natural e absolutamente justo”, disse o líder ucraniano, de visita à cidade de Ivano-Frankivsk.

Na manhã de hoje, a Rússia anunciou que tinha repelido dois ataques de ‘drones’ ucranianos durante a noite, um na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e outro em Moscovo, no que as autoridades russas classificaram como uma tentativa de “ataque terrorista do regime de Kiev“.

Na capital russa, cujo aeroporto internacional foi temporariamente encerrado, foram danificadas duas torres de escritórios no principal distrito comercial da cidade.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que o ataque a Moscovo envolveu três ‘drones’. Segundo a Euronews, um dos drones terá sido abatido por sistemas de defesa aérea nos arredores da capital russa, mas outros dois afetaram edifícios da zona financeira da cidade.

A área, a vários quilómetros do Kremlin, é conhecida pelos seus arranha-céus. Segundo a agência Reuters, que cita a imprensa russa, um dos edifícios danificados abrigava três ministérios do governo russo, bem como apartamentos residenciais.

O incidente é o quarto deste tipo registado este mês contra Moscovo e o terceiro esta semana, aumentando as preocupações com a vulnerabilidade da capital russa numa altura em que a guerra prossegue.

A Ucrânia está a ficar mais forte”, acrescentou Zelensky sobre este ataque, acrescentando de seguida que a Ucrânia se deve preparar para novos ataques contra as suas infraestruturas de energia, no próximo inverno.

“É óbvio que neste outono e inverno o inimigo tentará repetir os ataques terroristas contra a indústria energética ucraniana”, explicou o Presidente ucraniano.

Temos de estar preparados para isso, tanto a nível estadual como em cada comunidade”, acrescentou Zelensky, em declarações divulgadas na conta presidencial da rede social Telegram.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada por Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. acho simplesmente estupido…
    agora a ucrania quer conquistar a russia é?
    e fala-se de inocentes e ataca na russia edificios que nada tem a ver com centros nevralgicos ou instalações de guerra…

    a ucrania ao fazer isto só perde razão e dá força aos russos que neste momento estão contra o governo russo…

  2. É bom que sintam o que fazem aos outros. Afinal a Rússia é só propaganda!!!
    Se não fossem nucleares já tinham perdido esta guerra. Aliás já perderam.

  3. Armindo, para defender a sua amada Russia não minta, os edifícios atingidos pelos drones Ucranianos são edifícios governamentais.

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