A guerra da Rússia não é contra a Ucrânia

12

Press service of the 24 Mechanized brigade/EPA

Soldado ucraniano a fumar num abrigo numa posição da linha da frente perto de Chasiv Yar, na região de Donetsk, na Ucrânia.

A operação militar especial” russa na Ucrânia, “é, de facto, um confronto armado entre a Rússia e o Ocidente coletivo”, diz o ministro da Defesa do Kremlin.

O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, insistiu esta segunda-feira que a guerra da Rússia não é contra a Ucrânia, mas sim contra o “Ocidente coletivo”, liderado pelos Estados Unidos e seus aliados.

“A operação militar especial” russa na Ucrânia, “é, de facto, um confronto armado entre a Rússia e o Ocidente coletivo”, disse Belousov na abertura do fórum Armiya-2024 (Exército-2024), nos arredores de Moscovo.

A Rússia designa oficialmente a guerra na Ucrânia, que invadiu em 24 de fevereiro de 2022, como uma “operação militar especial” — apesar de ter assumido estar em guerra em março deste ano porque “o Ocidente se intrometeu”.

Belousov disse ainda que o conflito se deve ao desejo dos Estados Unidos e dos seus aliados de manterem o domínio e “impedirem a construção de uma nova ordem mundial multipolar e igualitária”.

“Nesse sentido, este confronto afeta os interesses de todos os países“, afirmou, citado pela agência espanhola EFE.

Belousov disse que a Rússia vai continuar a modernizar o armamento e as forças armadas para ganhar vantagem sobre os inimigos, referindo que os trabalhos do fórum deste ano vão centrar-se nessa ideia-chave. O presidente russo, Vladimir Putin, também enviou saudações aos participantes no evento e disse esperar a assinatura de muitos contratos.

“Não tenho dúvidas de que (…) serão reforçados e estabelecidos novos laços promissores e celebrados contratos mutuamente benéficos entre o Ministério da Defesa e as empresas do complexo militar-industrial russo”, disse Putin.

O fórum tornará “a interação dos nossos países próximos e amigos na esfera da segurança e da proteção dos interesses nacionais ainda mais eficaz”, aacrescentou, numa mensagem em vídeo.

A edição deste ano da Armiya-2024 conta com a participação de representantes de cerca de 1.500 empresas do complexo militar-industrial russo, mas realiza-se em menor escala e durante apenas três dias.

Durante o evento, mais de 28.000 peças de equipamento militar e de dupla utilização estarão em exposição numa área de 160.000 metros quadrados.

ZAP // Lusa

12 Comments

  1. Curioso… este diz que a Russia não está contra a Ucrânia mas sim em guerra contra o Ocidente colectivo! Até onde chega a psicopatia demencial desta gente! A “justificação” que Putin deu, quando invadiu a Ucrânia, um país soberano, foi que era para “desnazificar” e “desmilitarizar” a Ucrânia. Mas a verdadeira razão é a tentativa imperialista de anexar a Ucrânia à União Soviética do século XXI. O Ocidente colectivo é uma desculpa mais que esfarrapada para justificar o injustificável! E a seguir à Ucrânia, se o “Ocidente colectivo” abandonar a ajuda, são as outras ex-repúblicas soviéticas a terem o mesmo destino da Ucrânia. E pertence a federação russa à ONU e ao Conselho de Segurança com direito a veto!!!

    11
    3
  2. Agora que estao a ver o vosso territorio invadido pelos Ucranianos o discurso de propaganda e outro, daqui a uma semana estao a dizer que as tropas do Ocidente estao a invadir a Russia, tudo isto , para taparem os olhos ao Povo Russo.

    9
    2
  3. O falhado do Putin tem que ter uma desculpa para o grande fracasso que foi, e é, a sua “operação especial” na Ucrânia. Diz que, afinal, é uma guerra contra a NATO, mas ainda ninguém viu a NATO nessa guerra. Aliás, até há pouco tempo era crime na Rússia dizer que aquilo é uma guerra. Agora, o psicopata vê o seu país a ser invadido e está desesperado. Imagino o que os russos devem pensar ao ver tropas ucranianas a invadirem e ocuparem o seu território depois de quase 2 anos e meio de “operação especial” sem fim à vista, mas de muita destruição, de muito sofrimento e de muitas mortes!

  4. Na realidade a guerra foi feita para defender a comunidade russófona da Ucrânia da flagrante violação dos seus direitos culturais e linguísticos, autêntico genocídio linguístico. Na Ucrânia há duas comunidades distintas, uma essencialmente a leste do rio Dniepre (russófona), e a outra (ucraniana) a oeste desse rio. Num caso como este a única solução legítima é a partilha do território em dois, de forma a criar dois estados soberanos livres da tirania da outra comunidade. É o que se propõe para a Palestina e deve igualmente ser feito na Ucrânia. Mas talvez isso seja demasiado democrático para o gosto de muitos…

    1
    5
  5. Fofinhos entao quem enviou os aviões e outras armas mortificas para disparar contra a Rússia, ??? nao percebi a v. ignorância ou é propositada para tapar os olhos aos Portugueses e ao mundo ou estão a ler com palas no rosto.

    1
    5
  6. jase martins (em letras pequenas, tal como reconheces no teu nick),
    Quem começou a guerra (operação militar especial para ti)?
    Será que as grandes democracias como são o Irão, a Coreia do Norte e a China não estao tambem a fornecer a tua amada russia?
    E vai chamar fofinhos a outros, não somos como tu.

  7. Para onde estamos realmente indo? Falando sobre o período atual, Jesus declarou: “Com certeza depois, você certamente depois ouvireis de guerras e os sons das guerras sendo travadas [este é o anúncio da Terceira Guerra Mundial]; olhai, não vos assusteis, Porque todas as coisas devem ser cumpridas, mas ainda não é o cumprimento [do sinal = uma guerra nuclear global. (Mateus 24:7; Marcos 13:8; Lucas 21:10, 11; cf. Apocalipse 6:4)].” (Mateus 24:6)
    Jesus Cristo referiu-se à profecia de Daniel: “No tempo designado [o rei do norte] voltará [isso significa a Terceira Guerra Mundial. As tropas russas voltarão para onde estavam anteriormente estacionadas. Isto não se aplica apenas à Ucrânia. A União Europeia e a NATO vão desmoronar-se. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à aliança militar com a Rússia]. E entrará no sul [este será o início de uma guerra nuclear], mas não serão como antes [isso se refere à Segunda Guerra Mundial] ou como mais tarde [isso se refere à Terceira Guerra Mundial. A ação militar atual não levará a uma guerra nuclear global. Esta guerra só começará após o retorno do rei do norte, e por causa do conflito étnico], porque os habitantes das costas de Quitim [o distante Ocidente, ou para ser mais preciso, os americanos] virão contra ele, e (ele) se quebrará [mentalmente], e voltará atrás”. (Daniel 11:29, 30a)
    Este será um abate mútuo. A “poderosa espada” também será usada. (Apocalipse 6:4)
    Este também será o início do Dia do Julgamento. (Apocalipse 1:10)

  8. Esses gajos fizeram uma invasão de um país que tinha pertencido à URSS. Mas são muitos mais e Putin não quer só a Ucrânia. Quer todos os países, como a Polónia, a Hungria, a Eslováquia e fazer um império como nos tempos do Estaline. E para isso não se importa de matar milhões como o outro monstro fez na Ucrânia nos anos 30. Foram 6 ou 7 milhões à fome. Gora eles é que são os desgraçados e têm uma conversa que me faz lembrar a do Paulo Raimundo. kkkkkkk

  9. Nuno Cardoso da Silva, a habitual treta comunista. Sabes muito bem que a Rússia pretendia restabelecer a URS, só que a determinação da Ucrânia nunca o permitirá. Trata-te e vai para a Venezuela ou para Cuba ou Coreia do Norte ou para a China, ou Rússia…

  10. Algo vai mal. Então agora o rufia do bairro é que leva porrada? Não é admissível. A rapaziada bem comportada, estóica e fraca só tem é que comer e aguentar-se. Deixem lá o Urso levar o mel.

  11. Nuno Cardoso da Silva, já ouviu falar de Königsberg? Agora chamada de Kaliningrado? De onde expulsaram as populações germanófilas para substituir por russos?
    A tática russa é em tudo semelhante às reivindicações nazis. Só que neste caso, se lá há russos, dizem que é da Rússia!
    Daí o interesse na Moldávia e tudo o resto para onde enviaram populações russas para colonizar terras. Apenas desculpas imperialistas de um país que muito disse “combater” o colonialismo, mas só o colonialismo dos outros! Aliás, estude história, foi assim que a Rússia se expandia para oriente. Pena que, daqui a umas décadas, vão estar do lado receptor destas reivindicações pela parte da China, nos territórios siberianos. Ah, sim, a China que é a nova potência colonizadora em…África!
    Abra os olhos, informe-se e confie menos na “cassete” do partido!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.