Foram 24 horas turbulentas para o controverso CEO da Tesla e SpaceX, com a explosão do seu super-foguetão Starship quatro minutos após o lançamento e a reacção de um grande número de celebridades à perda do seu selo de verificação azul na rede social Twitter.
Estava tudo montado para que a passada quinta feira, data do voo inaugural da nave espacial mais poderosa de sempre, fosse um dia de glória para Elon Musk.
No entanto, quatro minutos após o lançamento, o maior foguetão alguma vez construído falhou a separação da nave Starship, seguindo-se uma “desmontagem não programada rápida” — ou seja, explodiu.
Musk considerou o lançamento de testes um sucesso. Com efeito, o gigantesco foguetão conseguiu elevar-se, lentamente, nos céus, levando a sua enorme massa para lá da plataforma de lançamento. Até foi de facto épico, e para a SpaceX tudo o resto a partir daí seriam “cerejas em cima do bolo“.
Mas, sucesso ou não da SpaceX, o que Elon Musk não esperava era a reacção dos mercados ao que tem acontecido nos últimos dias ao seu império de empresas.
Ao mesmo tempo que as esperanças de ver a Starship voar desabavam, os preços das acções da a Tesla caíam quase 10%, depois de a empresa ter anunciado uma quebra de 24% nos lucros trimestrais.
Para fazer face à crescente concorrência no mercado de veículos eléctricos, a Tesla anunciou este ano, por duas vezes, reduções de preços dos seus icónicos veículos — o que teve um impacto nos lucros da empresa no primeiro trimestre do ano.
Segundo a Bloomberg, as acções da Tesla fecharam na quinta-feira a 162,99 dólares — muito abaixo do recorde histórico 407 dólares por acção, em novembro de 2021.
Em consequência, a riqueza pessoal de Musk, que é directamente influenciada pelo preço das acções da Tesla que detém, caiu em cerca de 12,6 mil milhões de dólares, sendo agora estimada em cerca de 163,9 mil milhões — muito atrás do presidente e CEO da Louis Vuitton, Bernard Arnault.
Os dois bilionários têm disputado o topo da lista de maiores fortunas do mundo, mas no início deste mês Arnault destronou Musk e é agora o homem mais rico do mundo, com uma fortuna pessoal estimada em cerca de 211 mil milhões de dólares.
Parte significativa da perda de riqueza pessoal de Musk tem sido atribuída à sua decisão de comprar o Twitter, por 44 mil milhões de dólares, e de assumir o cargo de CEO da rede social.
Além de ter despedido grande parte da equipa, Musk instituiu também uma série de mudanças — como o fim do tradicional selo azul das contas verificadas.
Agora, apenas os assinantes do Twitter Blue, que pagam 8 dólares por mês pelos serviços premium, têm aceso ao cobiçado selo azul da plataforma.
Celebridades e personalidades populares, como Cristiano Ronaldo, Beyoncé, Justin Bieber e Kim Kardashian, que optaram por não subscrever o serviço, começaram a perder os selos azuis — e anunciaram já que vão deixar de publicar tweets, uma vez que qualquer um pode agora facilmente fazer-se passar por si.
O co-fundador da Microsoft, Bill Gates, é um dos que não tem selo azul, além de inúmeros jornalistas e políticos que optaram por não se inscrever no Twitter Blue.
Os utilizadores começaram entretanto a reagir ao desaparecimento dos selos azuis, e nos últimos dias surgiram campanhas de boicote às contas verificadas. A conta @BlockTheBlue foi, claro, rapidamente suspensa, mas a hashtag com o mesmo nome continua nas tendências da rede social.
Empresas e organizações, por seu turno, passaram a ter de pagar 1.000 dólares por mês pelo mesmo serviço — uma medida que, diz o Business Insider, foi fortemente criticada.
Incapaz de passar muito tempo sem agitar as águas, Musk decidiu também nas últimas semanas que o Twitter deveria passar a “marcar” as contas no Twitter de órgãos de comunicação social com financiamento estatal como “entidades controladas pelo estado”.
Na definição do Twitter, estas são “entidades em que o estado controla o conteúdo editorial através de financiamento ou pressão política”, e, realça o Mashable, coloca órgãos como a rádio britânica BBC (que tem 1% de financiamento estatal) no mesmo patamar da Russia Today ou da chinesa Xinhua.
As contas da RTP e Antena 1 no Twitter estão, provavelmente, à espera da sua vez de receberem tal etiqueta.
Na sequência da decisão, a rádio norte-americana NPR juntou-se à onda de empresas e personalidades que nos últimos dias anunciaram o abandono do Twitter.
Na sexta-feira, adiantou a Reuters, o Twitter retirou a etiqueta de “entidade financiada pelo estado” a alguns órgãos de comunicação — entre as quais a BBC, a NPR e a canadiana CBC. Ao mesmo tempo, retirou à Xinhua a etiqueta de “meio associado ao estado chinês”.
Até agora, nenhuma empresa prejudicada, personalidade incomodada, cidadão comum afectado ou funcionário despedido parece até agora ter sido capaz de fazer chegar os seus protestos a Elon Musk e abrandar a senda agitadora do visionário empresário.
Mas talvez a voz dos mercados, com um grito de 13 mil milhões de decibéis, tenha força suficiente para chegar aos ouvidos do bilionário sul-africano.
A fortuna dos multi-milionários é sempre sujeita a flutuações.
O objectivo de Elon Musk não é o dinheiro. Ele quer catapultar a humanidade para patamares mais elevados.
Patamares que a maior parte do 8 mil milhões de e terráqueos não è capaz sequer de entender, quanto mais conceber e querer dar o ‘salto’…
Hahahaaaaaa… mais um crente da seita de ovelhas do Musk!…
Ainda lhe sobra muito dinheiro, há feitos históricos que ficam para sempre e o Musk dá mais valor a isso.
Já conseguiu um que ficará para a história. Criou uma empresa que produz alguns dos piores automóveis da história da indústria. Esse feito já é dele.
Vai ficar na história… pode é não ser por bons motivos!…
Elon Musk é um gênio e parece pouco preocupado em ganhar ou perder uns poucos milhões, o que incomoda muita gente. Seu negócio é criar.
Os que não tem dinheiro e criatividade parecem mais preocupados que o Elon Musck e seu dinheiro!
Nada como passar de quase 500 mil milhões para 200 mil milhões em pouco mais de 1 ano é de gênio. Parece muitas a gerir as fortunas dos maridos.