Embora o foguetão que levava a Starship tenha explodido poucos minutos após a descolagem, a SpaceX e Elon Musk veem o teste como um sucesso.
O foguetão mais poderoso alguma vez desenvolvido na história da exploração espacial tinha o seu encontro com a história, mas explodiu minutos depois da descolagem.
O lançamento foi feito por volta 10h30 desta quinta-feira, sem tripulantes. O foguetão conseguiu levantar voo, mas cerca de quatro minutos depois começaram o problemas.
Na fase em que o primeiro estágio do foguetão devia ter sido libertado, a parte constituída pela nave Starship e pelo foguete Super Heavy começou a girar de forma descontrolada, acabando com uma explosão. A SpaceX, de Elon Musk, já tinha falhado o lançamento de segunda-feira.
Este foguetão é considerado o mais poderoso de sempre da SpaceX. O Super Heavy foi projetado para ter quase o dobro da propulsão de qualquer outro dispositivo do género já construído.
BREAKING: SpaceX Starship rocket explodes in midair after launching as the boosters failed to separate from the rocket. https://t.co/8ENh7lSbSv pic.twitter.com/wTqBgYtYMo
— ABC News (@ABC) April 20, 2023
Apesar da explosão, a SpaceX considerarou o teste de hoje um “sucesso”.
“Com um teste como este, o sucesso vem do que aprendemos, e o teste de hoje ajudar-nos-á a melhorar a confiabilidade da Starship, à medida que a SpaceX procura tornar a vida multiplanetária”, escreveu a empresa na sua conta do Twitter.
“Aprendi muito para o próximo lançamento de teste dentro de alguns meses”, disse também Elon Musk na rede social.
Congrats @SpaceX team on an exciting test launch of Starship!
Learned a lot for next test launch in a few months. pic.twitter.com/gswdFut1dK
— Elon Musk (@elonmusk) April 20, 2023
O cenário na sede da SpaceX era de festa, já que o foguetão descolou com sucesso da plataforma.
O voo de teste tinha uma duração prevista de cerca de uma hora e meia, terminando no Oceano Pacífico. Seria considerado um voo orbital porque ultrapassaria a Linha de Kármán, a fronteira espacial de 100 km acima do nível do mar.
O plano é que a Starship participe na missão Artemis III, prevista para 2025, que marcará o regresso de humanos à Lua. Até lá, a ideia é recolher o máximo de informação possível, corrigir as falhas necessárias e preparar o próximo teste.