As exibições e os resultados em 2021 deixam a ideia de que os jovens espanhóis (e Luis Enrique) vão colocar a Espanha num patamar que ocupou há poucos anos.
Europeu 2008: Fernando Torres confirmou um percurso até então raro da Espanha, que se sagrou campeã da Europa. Mundial 2010: Iniesta deu o primeiro Mundial de futebol ao seu país. Europeu 2012: com o dedo de Guardiola, novo título europeu.
A partir do Mundial 2014, o domínio espanhol desapareceu. Desilusão após desilusão, o panorama mudou sete anos depois, em 2021.
Primeiro no Europeu, onde a Espanha ficou perto da final. Só foi afastada nas meias-finais, e nas grandes penalidades, pela Itália, que seria campeã europeia poucos dias depois.
Depois na Liga das Nações, onde a Espanha chegou mesmo à final e foi derrotada pela França, com ajuda de um golo polémico de Mbappé.
Os espanhóis perderam a final realizada em Milão mas sem uma “tristeza extrema”. Há uma sensação de “orgulho e esperança“, escreve Juan Ignacio García-Ochoa.
Nesta análise publicada no jornal Marca, destaca-se o facto de a Espanha ter demonstrado que “está de volta”, que já consegue competir com as melhores selecções, após alguns anos longe do topo do futebol.
Esta geração do futebol espanhol, que apresentou um plantel com uma média de cerca de 25 anos de idade, na Liga das Nações, promete muitos bons resultados.
Jovens como Pablo Gavi e Yéremy Pino já aparecem nas opções habituais de Luis Enrique, seleccionador que voltou a colocar a Espanha a dominar a posse de bola, por vezes com números incríveis. Alemanha, Suíça, Ucrânia e Itália ficaram para trás nesta Liga das Nações.
O nível foi bom, o título ficou perto e ficaram de fora jogadores como Morata, Gerard Moreno, Pedri, Dani Olmo, Ansu Fati e Marcos Llorente.
“Vou ter muitos problemas para elaborar a próxima lista de convocados. Todos os jogadores foram maravilhosos. Tenho uma lista de pelo menos 40 jogadores que podiam estar aqui“, comentou Luis Enrique, depois da final diante da França.
Mas, para estar no topo das competições internacionais, é preciso estar nas competições internacionais. E a Espanha, apesar de liderar o Grupo B de qualificação para o Mundial 2022, tem só mais um ponto do que a Suécia e mais quatro do que a Grécia – e Suécia e Grécia têm menos um jogo realizado. Os dois próximos (e últimos) jogos da Espanha neste grupo serão precisamente contra Grécia e Suécia.
Penso que sim. Para mim é a seleção com mais fio de jogo. Domina praticamente qualquer adversário. Veja-se o que fez à França por exemplo.