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Escândalo ou legal? Golo de Mbappé que deu vitória à França contestado

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Miguel Medina / AFP

O golo que decidiu a final da Liga das Nações, entre Espanha e França, está a gerar polémica. Eric Garcia desvia a bola antes de esta chegar aos pés de Mbappé, que estava em posição irregular.

França venceu, este domingo, a Liga das Nações após derrotar Espanha na final por 2-1. Até ao primeiro golo do jogo, marcado pelos espanhóis aos 64 minutos, por intermédio de Mikel Oyarzabal, estava a ser uma partida calma e sem grandes incidências.

A resposta francesa não tardou e, dois minutos depois, Karim Benzema empatou o encontro com um golo de levantar o estádio.

Aos 80 minutos surgiu o lance que mudou tudo. Mbappé surgiu desmarcado da defesa espanhola e não vacilou no frente-a-frente com Unai Simón — atirando com frieza para o fundo da baliza. Os espanhóis pediram fora de jogo, mas mesmo depois de análise do videoárbitro, o golo foi validado.

A repetição deixa dúvidas, já que o avançado do Paris Saint-Germain está, de facto, adiantado em relação ao último defesa da seleção espanhola.

No entanto, o facto de Eric García ter jogado a bola no momento do passe foi decisivo para a avaliação do lance. O defesa tocou o esférico ao fazer um carrinho para tentar cortar a bola.

Ao jornal Record, o ex-futebolista Marco Ferreira considera que o lance é totalmente legal.

“O movimento deliberado do defesa em direção à bola, e o consequente contacto na mesma, valida a posição do avançado. Polémico mas bem decidido com base no que está escrito na lei”, sentencia em declarações ao jornal desportivo.

A Lei 11, relativa ao fora de jogo, diz o seguinte: “Não se considera que um jogador tira vantagem da posição de fora de jogo quando recebe a bola de um adversário que jogou a bola deliberadamente (exceto numa defesa deliberada)”.

“Mbappé estava fora de jogo, mas o árbitro considerou que o Eric se fez à bola e isso anulou o fora de jogo. Foi isso que nos explicou. Tens de querer jogar a bola e o Eric só a queria cortar”, disse o internacional espanhol Sergio Busquets, citado pelo jornal marca.

“Não entendo. O árbitro está lá para decidir. O que pedi foi que fosse ver ao monitor. O fora de jogo é claro, mas ele argumenta que o Eric tem possibilidade de jogar. É difícil para mim entender a posição do VAR”, lamentou, por sua vez, Azpilicueta.

Eric Garcia, o defesa que tentou cortar o lance, disse: “A bola é lançada para as minhas costas e tento disputá-la taco a taco com Mbappé que está fora de jogo. O árbitro disse-me que tenho intenção de jogar a bola. Essa é a regra. É uma jogada que está claramente fora de jogo, em que um defesa nunca na vida se pode escusar de disputar a bola”.

“Todos nós que jogamos futebol vimos que é fora de jogo. Quem impôs esta regra nunca jogou futebol e não sabe o que se passa. Eric não quer jogar a bola, quer cortar. O árbitro entende que ele quer jogar. É algo que deve mudar”, disse ainda Oyarzabal.

Daniel Costa, ZAP //

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5 Comments

    • Estou de acordo contigo no entanto só espero que não sejas lampião caso contrário o teu comentário é hilariante !!!!

  1. “Não se considera que um jogador tira vantagem da posição de fora de jogo quando recebe a bola de um adversário que jogou a bola deliberadamente (exceto numa defesa deliberada)”.

    Obviamente que este não é o caso. O defesa não jogou a bola deliberadamente. Tentou um corte!
    A situação descrita na lei é de um passe deliberado e não de uma tentativa de corte falhada.

  2. Sr. Treinador de bancada, depende do regaço. Se for por depositar milhares de euros na conta dos árbitros por um vice presidente de um clube, não é colinho. Se for por um jogador ter o quinto amarelo e não cumprir castigo, também não. Se for por não pagar ao banco ou aos clubes a quem se leva o treinador a meio da época, nem pensar, se for por as gravações incriminatórias não poderem servir de prova em tribunal, ainda menos. Como vê, depende. A isso chama-se a fome de barriga cheia….

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