A economia alemã vai estagnar este ano. São boas notícias

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Fábrica da Volkswagen em Dresden, Alemanha

A generalidade dos analistas prevêem que, na melhor das hipóteses, a economia alemã deverá estagnar, em 2025, depois de ter registado uma contração durante dois anos, e que o impacto da guerra das tarifas lançada por Donald Trump poderá pesar sobre um resultado já de si pouco impressionante.

A economia alemã deverá, na melhor das hipóteses, estagnar em 2025, após dois anos de contração e de ter entrado em recessão em 2023.

Neste período, com duas quedas sucessivas do Produto Interno Bruto (PIB),  problemas internos e uma crise industrial, a Alemanha deixou de ser o “motor” económico destacado da Europa.

Em fevereiro, no entanto, dados de atividade industrial superiores ao esperado trouxeram uma “esperança” inesperada à economia do país.

Segundo os principais think tanks europeus citados pela Associated Press,  o impacto dos direitos aduaneiros dos EUA resultantes da Guerra das Tarifas lançada por Donald Trump poderá ainda  influenciar um resultado já de si inexpressivo, segundo as previsões dos principais grupos de reflexão.

A Alemanha tem a maior economia da Europa e é o mais populoso dos 27 membros da União Europeia.

Segundo a mais recente atualização de um relatório económico citado pela ABC, os economistas esperam um crescimento mínimo de 0,1% este ano — abaixo dos 0,8% que previam em setembro — e um crescimento de 1,3% em 2026.

No entanto, os economistas apontam para a incerteza em torno da política comercial da administração Trump.

As tarifas dos EUA sobre as importações de alumínio, aço e veículos deverão reduzir o crescimento económico alemão este ano e no próximo em 0,1 pontos percentuais cada, de acordo com o relatório.

As tarifas generalizadas anunciadas na semana passada pelo Presidente Donald Trump e depois suspensas por 90 dias poderão duplicar esse impacto no PIB alemão, afirmam os economistas.

Mas acrescentam que “os efeitos específicos são difíceis de quantificar, uma vez que as taxas aduaneiras nunca foram aumentadas de forma tão acentuada na atual economia globalizada do mundo”.

O novo governo alemão, liderado pelo novo chanceler Friedrich Merz, que deverá tomar posse no próximo mês, após meses de deriva política no país, anunciou como principal objetivo revitalizar a economia do país.

ZAP //

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