Novo bloco central põe AfD de parte e deve focar-se na resposta às tarifas de Trump e nas finanças do país.
Tardou, mas chegou. Depois de dias de incerteza, e de um anúncio na noite de terça feira que prometia um acordo para a manhã desta quarta, chegou finalmente a aliança que se esperava: os conservadores da CDU, vencedores das eleições, unem-se para sociais-democratas de centro-esquerda (SPD) para formar um bloco central.
O recém-publicado roteiro “Responsabilidade pela Alemanha”, tem 146 páginas, e “é um sinal muito forte e claro para os cidadãos do nosso país. E é também um sinal claro para os nossos parceiros na União Europeia”, assegura o novo chanceler Friedrich Merz.
“A Alemanha está de novo no bom caminho”, garante, citado pelo The Guardian.
O acordo chegou, mas custou: na noite de terça feira, os partidos estiveram durante 13 horas a tentar negociar um acordo, sem sucesso. Este só chegou na tarde de quarta feira, e afasta da governação o partido de extrema-direita AfD.
Merz deverá tomar posse no fim de maio, mas tem ainda um obstáculo por ultrapassar: tem que ter a aprovação da maioria dos seus colegas da nova união par ao pacote de medidas que precisa de aprovar até à Páscoa.
O pacote inclui investimento na defesa e até uma reforma do “travão da dívida”, visto como um obstáculo ao investimento público.
Mas há temas que dividem os dois partidos, conservadores e esquerda, como é o caso da imigração. Merz tem insistido que vai “pôr efetivamente fim à imigração irregular”, mas o co-líder do SPD, Lars Klingbeil, que deverá agora tornar-se vice-chanceler, inisiste que “a Alemanha é um país de imigração” e o “direito básico de asilo permanece inviolável”.
Ainda assim, o líder do centro-esquerda quer apostar na união e na mudança: “As escavadoras têm de começar a trabalhar e os aparelhos de fax têm de desaparecer”, afirmou.
Agora, o trabalho da coligação, aponta o The Guardian, deverá guiar-se por duas fretnes: reverter a crise económica do país e responder às tarifas de Trump que ameaçam toda a Europa.
O bon senso impera , para o bem de todos !
Se bom senso imperasse há muito a Europa tinha deixado de andar à deriva… para o bem de todos e não só de alguns…
Bem, mais uma vez se vé que é tudo igual…
Nas próximas eleições a AfD ganha…
Lá começa a história a “rimar” novamente…