Stephanie Lecocq / EPA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
São cerca de 1700 produtos de todas as variedades, e afetam 21.000 milhões de euros em compras europeias aos EUA. Retaliação terá 3 fases, e a primeira começa já na próxima terça feira.
É a primeira resposta efetiva da União Europeia às tarifas sobre o aço e o alumínio (e 20% para quase todos os outros bens) impostas por Donald Trump à Europa. Só a Hungria votou contra.
As taxas de 25% já previstas sobre os produtos importados dos EUA começam a entrar em vigor já na próxima terça feira, dia 15, anunciou esta quarta feira a Comissão Europeia.
É nessa data em que, segundo avança o El Mundo, se começarão a aplicar estas tarifas de um quarto do valor do produto sobre alguns produtos já taxados anteriormente, em 2018: algumas frutas e legumes frescos e enlatados, legumes secos, tabaco, papel higiénico, aço laminado e motas como as Harley-Davidson.
Estes produtos têm um volume de importação que se estima valer 3,9 mil milhões de euros.
Na segunda fase, que se inicia a 16 de maio, entram novos elementos na lista: ovos, as aves de capoeira e a carne de bovino, os óleos vegetais como o óleo de girassol e de palma, a margarina, as bolachas, o açúcar e os citrinos.
Entre os produtos não alimentícios contam-se ainda bijuteria, plásticos, peças de aço e alumínio, madeira e têxteis. Estimam-se importações no valor de 13,5 mil milhões de euros.
A terceira fase começa a 1 de dezembro e ataca o mal pela raiz (literalmente): soja e as amêndoas com e sem casca também serão taxadas, com um volume de importação estimado em cerca de 3,5 mil milhões de euros.
A Euronews ressalta ainda que a França, a Irlanda e a Itália conseguiram que o whiskey Bourbon fosse retirado da lista de produtos afetados.
No total, são quase 1700 produtos e cerca de 21 mil milhões de euros em importações que passarão a ser taxados.
Pode parecer uma grande quantidade, mas a Reuters recorda que as exportações de metais da Europa para os EUA representam cerca de 26 mil milhões de euros, ou seja, as medidas retaliatórias da UE não chegam para cobrir os bens taxados pelos EUA, que afetarão 70% das exportações da UE para os EUA.
A UE admite que a situação causa “danos económicos a ambas as partes, bem como à economia global”, mas também recorda que “manifestou a sua clara preferência por encontrar soluções negociadas com os EUA, que sejam equilibradas e mutuamente benéficas”.
O comunicado da UE acaba ainda com uma promessa: as medidas são suspendidas caso Trump dê luz verde a negociações, o que até agora, mesmo com tentativas da Europa nesse sentido, não aconteceu.
“Estas contra-medidas podem ser suspensas em qualquer altura se os EUA aceitarem um resultado negociado justo e equilibrado”, lê-se no texto.
Os Bully só respeitam quem fôr Bully, recomendo que a União Europeia não se inferiorize perante as tarifas de Trump. Façam como a China, juntos a União Europeia é um grande mercado.
Isso, mais o IVA e muitas outras taxas vão levar a Europa longe!