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A China está a ganhar a corrida aos supercomputadores que vão mudar o mundo

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Xinhua

O supercomputador chinês Sunway TaihuLight no Centro Nacional de Supercomputação de em Wuxi, na China

Apesar de não aparecer nos rankings globais devido a receios de sanções dos EUA, a China está discretamente a produzir mais computadores de alto desempenho do que qualquer outro país.

Segundo o matemático norte-americano Jack Dongarra, vencedor do Prémio Turing de 202, a China tem atualmente os supercomputadores mais potentes do mundo.

Mas, diz o El Confidencial, está a manter esta informação em segredo para evitar potenciais sanções por parte dos Estados Unidos.

Atualmente, apenas dois computadores chineses de alto desempenho figuram entre os dez supercomputadores mais potentes do mundo, de acordo com a lista Top500 destes equipamentos.

Apesar disso, Dongarra, um dos cofundadores deste ranking, considera que a China, com três supercomputadores de próxima geração atualmente em operação que não aparecem na lista, é o principal produtor desta tecnologia.

O supercomputador Frontier, dos Estados Unidos, continua a ocupar o primeiro lugar como o mais rápido do mundo. Capaz de computação à escala de exa, uma medida de capacidade de processamento extremamente elevada, consegue realizar um bilião de operações por segundo.

No entanto, a China terá três máquinas tão ou mais rápidas do que o Frontier., salienta Dongarra.

Em 2018, a China anunciou ter três protótipos de supercomputadores à escala exa: o Sunway OceanLight, do Centro Nacional de Supercomputação, em Wuxi, o Tianhe-3, do mesmo centro em Tianjin; e um terceiro, desenvolvido pela Sugon para o Centro Nacional de Supercomputação em Shenzhen.

Os analistas sugerem que a ausência dos principais computadores chineses nos rankings oficiais é provavelmente devida às recentes tensões políticas.

“Os supercomputadores da China estão operacionais há algum tempo. Embora não tenham executado testes de referência, a comunidade científica tem uma ideia geral das suas arquiteturas e capacidades com base em estudos publicados”, disse Dongarra numa entrevista ao South China Morning Post no mês passado.

As sanções dos EUA atualmente proíbem a China de fabricar chips e outras tecnologias com potenciais aplicações militares ou de inteligência, incluindo Inteligência Artificial.

Os supercomputadores são cada vez mais cruciais para a investigação científica, realizando simulações ultra-rápidas e cálculos complexos, levando a avanços importantes em campos como a física, medicina e energia.

Em 2013, depois de o Tianhe-2 chinês ter ultrapassado o Titan, do Laboratório Nacional de Oak Ridge dos EUA, como o mais rápido do mundo, os norte-americanos colocaram na “lista negra” sete centros de supercomputação da China.

ZAP //

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2 Comments

  1. A China tem apostado tudo e tem imensos recursos para produzir esses super-computadores. Os amaricanos falidos com a guerra em breve vão ter de entrar em processo de mendicância.

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