A baleia-branca suspeita de ser “espia russa” foi morta a tiro

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A famosa baleia-branca Hvaldimir que ficou conhecida como “espia russa” foi encontrada morta no sábado passado, 31 de Agosto. Terá sido morta a tiro, segundo organizações ambientais e de defesa dos animais.

As organizações NOAH e One Whale já apresentaram queixa junto das autoridades da Noruega – a baleia-branca foi encontrada morta ao largo da costa deste país – e pedem a abertura de uma investigação.

O cetáceo era conhecido por ter sido, alegadamente, treinado e utilizado como espia pelos serviços secretos da Rússia. O nome norueguês que lhe deram – Hvaldimir – reporta precisamente para isso, conjugando a palavra “baleia” (hval) com o primeiro nome do presidente russo, Vladimir Putin.

O Instituto Veterinário Norueguês vai realizar a necropsia para apurar as causas da morte.

Mas a líder da One Whale, organização de defesa das baleias, acredita que foi um acto criminoso. “Tinha vários ferimentos de bala à volta do corpo”, refere Regina Crosby Haug em declarações à Agence France-Presse (AFP) citadas pela CBS News.

Os ferimentos na baleia são alarmantes e de uma natureza que não pode excluir um acto criminoso – é chocante“, acrescenta a directora da organização NOAH, Siri Martinsen, num comunicado citado pela CBS News.

A baleia-branca, ou beluga, teria entre 15 e 20 anos, o que é bastante jovem para esta espécie que pode viver entre 40 e 60 anos. Isto ajuda a reforçar a ideia de que foi um acto criminoso.

“Não havia nada que revelasse imediatamente a causa de morte”, referiu o diretor da Marine Mind que acompanhava os movimentos da baleia-branca e que acabou por encontrar o seu corpo a flutuar na água, na baía de Risavika, no sul da Noruega.

A baleia-branca foi avistada pela primeira vez em 2019, nas águas norueguesas, com um arnês agarrado ao seu corpo, segurando um suporte que poderia ser adequado para uma câmara de filmar e que tinha escrito “Equipamento S. Petersburgo”.

Assim se suspeitou que se tratava de uma espia russa. A baleia-branca pode ter fugido do cativeiro.

ZAP //

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