O presidente de França, François Hollande, anunciou esta segunda-feira estado de emergência nacional contra o desemprego e que pretende redefinir o modelo económico do país.
François Hollande considera que o estado de emergência do país não é apenas de segurança. “A França vive também um estado de emergência económico e social“, explicou, antes de anunciar medidas destinadas a combater o desemprego cujos eixos são formação, incentivo às colocações e subsídios para as pequenas e médias empresas.
Durante o seu discurso anual ao líderes empresariais de França, Hollande enfatizou que o plano vai custar mais de 2.200 milhões de dólares.
O plano prevê o aumento da oferta de formação para os desempregados e a duração dos cursos e programas. Hollande também prometeu tornar o sistema de qualificação de profissionais mais claro e consistente.
Uma parte do plano passa pela criação de 500 mil estágios subsidiados pelo Estado, subsídios adicionais para incentivar as pequenas empresas a contratar e medidas de reforço aos estágios normais.
Hollande insistiu na necessidade urgente de atualizar o modelo de negócios de França, que agora é orientado para os trabalhadores, numa economia dinâmica, cada vez mais globalizada e online.
O líder francês confirmou que vai deixar intacta a semana de trabalho de 35 horas e recusou a assumir novos poderes de emergência.
Com mais de 10% de desempregados, a França situa-se acima dos 9,8% que constituem a média da UE. No Reino Unido a taxa era, em Novembro, de 5,2%, e na Alemanha de 4,2%.
ZAP / RT