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Cientistas russos vão testar armas nucleares para salvar a Terra de asteróides

Cientistas russos acreditam que armas nucleares são actualmente a melhor opção para lidar com os asteróides gigantes que ameaçam a Terra.

Uma equipa de cientistas russos foi contratada pelo NEOShield, um programa financiado pela União Europeia, para desenvolver uma maneira de usar armas nucleares para proteger o planeta de asteroides, segundo infirma reportagem do Telegraph.

O NEOShield atribuiu a equipas de cientistas de vários países, entre Janeiro de 2012 e Maio de 2015, a tarefa de desenvolver medidas anti-asteróides eficientes.

Segundo o Telegraph, a missão de desviar objectos espaciais perigosos com explosões nucleares foi conduzida por um Instituto de Investigação Científica da agência especial russa Roscosmos, especializado no desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais, mísseis de defesa aérea e unidades de propulsão.

Apesar de os tratados espaciais em vigor proibirem o uso de componentes nucleares no espaço, cientistas acreditam que se algum corpo celestial sem rumo vier a representar uma ameaça clara para a Terra, tais restrições serão revogadas.

Segundo os investigadores, a forma mais eficiente e segura de lidar com Near Earth Objects – objectos potencialmente perigosos próximo da Terra – seria interceptá-los no espaço e alterar o seu curso com uma explosão nuclear, em vez de tentar destruir completamente o objecto.

Como parte do seu programa espacial federal, a Rússia pretende também estabelecer um centro astronómico dedicado a rastrear objectos potencialmente perigosos em curso de colisão com a Terra, com quatro satélites de observação a varrer em permanência o espaço em busca de ameaças.

A Terra sofreu múltiplos impactos de corpos celestes ao longo da sua história e pré-história – com destaque para o gigantesco asteróide que terá provocado a extinção dos dinossauros, ao cair no que hoje conhecemos como o México.

Mais recentemente, em 2013, cerca de 1500 pessoas ficaram feridas e 7000 edifícios danificados quando um asteróide com apenas 20 metros explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk.

Em 1908, um asteróide muito maior, com cerca de 60 por 190 metros, arrasou 800 m2 de floresta não habitada em Tunguska, na Sibéria.

O impacto deste asteróide foi equivalente ao de 1000 bombas atómicas como a que atingiu Hiroshima.

Segundo a opinião generalizada da comunidade científica, a questão não é saber se a Terra será algum dia atingida por um asteróide, mas sim quando será atingida – e se estaremos preparados.

ZAP

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