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Bruxelas cancelou festas de passagem de ano

saigneurdeguerre / Flickr

Bruxelas em alerta máximo

Bruxelas em alerta máximo

Depois de várias operações policiais nos últimos dias, que resultaram em oito detenções por suspeita de planeamento de ataques na capital belga e uma outra relacionada com os atentados de Paris, o presidente da Câmara de Bruxelas decidiu cancelar os festejos de Ano Novo.

O presidente da Câmara de Bruxelas, Yvan Mayeur, tomou a decisão de cancelar as festividades com base num relatório que recebeu da Autoridade de Análise de Ameaças da Bélgica e num parecer do Centro de Crise de Bruxelas.

Yvan Mayeur esteve também em contacto com o ministro do Interior, Jan Jambon, antes de tomar a decisão final.

A imprensa local relata a dificuldade na tomada desta decisão, uma vez que pelo menos 50 mil pessoas eram esperadas para a comemoração do ano novo, pelo que haverá consequências económicas nomeadamente no setor da restauração.

Terá no entanto tido mais peso para as autoridades municipais a responsabilidade pública de expor turistas ao risco de atentados.

Na passada segunda-feira, as autoridades belgas detiveram dois suspeitos de planearem atentados durante as celebrações de Ano Novo em Bruxelas.

Estas detenções não estão relacionadas com os atentados de novembro em Paris, revelou em comunicado a Procuradoria belga.

Já esta quinta-feira, a polícia belga deteve mais seis pessoas, suspeitas de estarem a planear ataques para as festividades Ano Novo.

“Os seis detidos estão a ser ouvidas como parte da investigação a ataques em Bruxelas, durante a época de Ano Novo”, disse o procurador federal belga, citado pela agência France Presse.

“A nossa investigação revelou sérias ameaças de um ataque em lugares simbólicos em Bruxelas durante as celebrações na véspera de Ano Novo”, acrescentou o procurador.

Nos últimos dias, o continente europeu tem estado em alerta para eventuais ataques no dia da passagem de ano, depois de um alerta lançado pela polícia austríaca.

O aviso, feito pelos serviços secretos de um “país amigo”, contêm nomes de possíveis terroristas e dá conta de que podem acontecer ataques em locais com grandes concentrações de pessoas em várias capitais europeias.

ZAP

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