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Militantes da JCP que pintavam mural no Porto com termo de identidade e residência

Os cinco militantes da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) detidos hoje à tarde pela PSP quando se preparavam para pintar um mural no Porto foram constituídos arguidos e ficaram com termo de identidade e residência, disse um dos detidos.

Os cinco elementos da JCP foram libertados três horas após a detenção, que ocorreu quatro meses e dois dias depois de uma situação idêntica que envolveu 11 militantes daquela entidade que pintavam um mural no mesmo local da cidade: o muro da escola Infante D. Henrique, na Praça da Galiza.

De acordo com um dos membros da JCP, André Martelo, que falava aos jornalistas à saída da esquadra, a direção da escola apresentou queixa, mas os jovens aguardam “com serenidade os próximos desenvolvimentos”, lembrando que o caso anterior foi arquivado no início de setembro, à semelhança de outros previamente.

“O que nos apraz dizer é que não vamos parar de pintar murais porque é um direito que nos assiste. É um direito consagrado não só na lei de afixação de propaganda política, mas também na Constituição da República, que nos garante a liberdade de expressão, numa das formas que é a pintura mural, que não é uma forma recente”, afirmou André Martelo.

O elemento da JCP acrescentou que foram apreendidas tintas e pincéis e lamentou que, “entre exercer o direito e ele ser impedido de forma ilegítima”, a pintura do mural acabe por ficar incompleta.

“Vamos continuar a exercer este direito, esta é mais uma expressão da luta que travamos todos os dias pela derrota deste Governo, e que face a estas ordens ilegítimas, que não são culpa destes agentes da autoridade mas de quem manda nas forças policiais, neste caso o Ministério da Administração Interna, continuaremos a denunciar e a lutar contra estas medidas que impedem o exercício de um direito”, acrescentou André Martelo, que frisou que o mural diria “Pela liberdade e democracia pintamos os amanhãs que cantam”.

/Lusa

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