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Angola dá exemplo de Sócrates para justificar prisão de ativistas

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chathamhouse / Flickr

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti

O chefe da diplomacia angolana invocou esta quinta-feira a detenção preventiva do ex-primeiro-ministro português José Sócrates para explicar a situação dos 15 ativistas detidos em Luanda desde junho, acusados de preparem um golpe de Estado.

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, falava aos jornalistas na Assembleia Nacional, em Luanda, à entrada para a cerimónia oficial de abertura da quarta sessão legislativa da terceira legislatura, que contará com o discurso do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, sobre o estado da nação.

O arranque do novo ano parlamentar acontece numa altura de forte pressão internacional sobre Angola em relação ao caso dos 15 ativistas detidos desde 20 de junho, nomeadamente face à greve de fome que um destes, o ‘rapper’ Luaty Beirão, de 33 anos, cumpre há 25 dias.

Em causa está a prisão preventiva aplicada a estes jovens, quando o crime de que estão acusados pelo Ministério Público desde 16 de setembro – atos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano – admite a liberdade condicional, até serem julgados.

“O caso de Portugal, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates está há nove meses em prisão preventiva também. Então, este é um recurso ou é uma previsão da lei? A lei prevê que enquanto se quer investigar muito mais um caso, pode-se durar. Depois vai haver o momento da condenação”, afirmou o ministro.

Chikoti recusou ainda que o Governo angolano esteja a ser pressionado internacionalmente sobre este caso e voltou a criticar o relatório da eurodeputada portuguesa Ana Gomes, que em junho visitou Luanda, o qual serviu de suporte à resolução adotada em setembro pelo Parlamento Europeu, que critica as limitações às liberdades em Angola.

O parlamento dos angolanos é este“, disse o ministro, junto à Assembleia Nacional.

ZAP / Lusa

4 Comments

  1. Hahaha…
    Estes angolanos são demais…
    Devem ter-se enganado no exemplo… ou se calhar estão a ver o caso ao contrário: neste caso, os políticos que roubam o povo (que são os do regime angolano) estão soltos e quem os denuncia é que está preso!!

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