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Super Lua com eclipse total é esta noite

Rolf Olsen / NASA

 Fotografia do eclipse lunar de passado dia 4 de abril de 2015, curiosamente, o eclipse lunar total mais curto do século.

Fotografia do eclipse lunar de passado dia 4 de abril de 2015, curiosamente, o eclipse lunar total mais curto do século.

A Lua vai estar, na madrugada desta segunda-feira, aparentemente maior e tapada pela sombra da Terra. É a segunda Super Lua do ano, e a mais expressiva, além de ser o segundo e último eclipse total da Lua do ano.

Pela primeira vez em mais de 30 anos, seremos capazes de testemunhar uma Super Lua em combinação com um eclipse lunar. Grande parte do mundo poderá observar um eclipse lunar total, e o evento coincidirá com o que se costuma chamar de “Super Lua“.

Se as condições do céu ajudarem, o eclipse total da Lua será visível na Europa Ocidental, incluindo Portugal, bem como na África Ocidental, América do Sul e Central e leste da América do Norte.

O eclipse da Lua ocorre sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, com a Terra a estar entre o Sol e a Lua.

O de segunda-feira será total porque toda a face visível da Lua é obscurecida pela sombra da Terra (umbra).

O eclipse lunar só sucede quando coincidem a fase de Lua cheia e a passagem do satélite natural da Terra pelo seu nodo orbital. O primeiro eclipse total da Lua de 2015 foi em abril, mas não foi visível em Portugal.

Esta segunda-feira, a Lua entra na sombra às 02:07 (hora de Lisboa) e sai dela às 05:25, com o eclipse a estar a meio às 03:47.

A Super Lua, tal como os eclipses, é um fenómeno que acontece praticamente todos os anos, mais do que uma vez, e quando há Lua cheia e a diferença entre os seus instantes e os do perigeu (ponto da órbita da Lua que fica mais perto da Terra) é inferior a um dia e oito horas.

No caso da Super Lua de segunda-feira, é a “mais favorável” para ser observada, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), contrariamente à de 29 de agosto e à de 27 de outubro, a terceira e última deste ano.

Na altura do eclipse, a Lua atingirá o perigeu, a 356.876 quilómetros da Terra, às 02:46 e entrará na fase de Lua cheia às 03:52, “o que vai produzir a maior das Super Luas do ano”, uma vez que a distância que separa os instantes do perigeu e de Lua cheia é mais curta, de 66 minutos, assinala o OAL no seu portal.

Segundo o Observatório, a altura em que “o efeito da Super Lua é mais evidente é quando a Lua nasce“, quando aparece no horizonte, às 19:50.

Nesse momento, “a Lua vai parecer maior do que o habitual, não apenas devido à ocorrência de Super Lua, mas também porque, estando próxima do horizonte, ocorre um efeito extra de ampliação, devido a interpretação cerebral” do observador, adianta o OAL.

A Lua cheia surge quando há um alinhamento do tipo Sol-Terra-Lua.

ZAP / Lusa / CCVAlg

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