O presidente do PSD afastou o que apelidou de “espantalho” de privatizações na Segurança Social, saúde e educação públicas e defendeu que Portugal se deve preparar para eventuais “dias menos bons” no que respeita às condições externas.
Pedro Passos Coelho assumiu estas posições este sábado, durante um jantar comício de pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas, no centro de exposições de Santarém, num discurso em que reiterou que conta com Paulo Portas para “continuar como vice-primeiro-ministro nos próximos quatro anos”.
Na sua intervenção, que durou perto de meia hora, o primeiro-ministro falou do resgate de 2011 e defendeu as políticas aplicadas pelo Governo PSD/CDS-PP nos últimos quatro anos, perguntando: “Há alguém que tivesse uma receita que pudesse produzir pelo menos os mesmos resultados, ou melhor?”
Foi no final do seu discurso que Passos Coelho falou das atuais “condições excecionais” para a economia portuguesa, referindo “o petróleo baixo” e “o euro muito competitivo”, e também a política do Banco Central Europeu que permite “juros baixos”, para deixar uma advertência: “Isso não vai durar eternamente“.
“Nós não vamos ter eternamente estas condições boas. Nós temos a obrigação de dizer isso. Também houve no passado quem tivesse dito o que é que podia acontecer e políticos que não queriam ouvir porque não lhes dava jeito”, acrescentou. “Nós sabemos: esta situação externa não vai durar sempre”, reforçou.
Depois, o presidente do PSD interrogou: “E quando ela mudar, como é que vai ser? Querem que Portugal seja apanhado outra vez desprevenido nessa ocasião, ou querem aproveitar as condições boas que temos hoje para nos prepararmos para os dias menos bons que hão de vir no futuro?”.
No que respeita à sua governação, Passos Coelho disse que nem o próprio executivo gostou de muitas das medidas que aplicou. “Mas há alguém que tivesse uma receita que pudesse produzir pelo menos os mesmos resultados, ou melhor? Em algum país, quando se chega à bancarrota, o país começa a crescer e a gastar dinheiro? Há algum caso, algum, um, que tenha passado por uma crise destas e o desemprego não tivesse aumentado e os rendimentos não tivessem caído?”, perguntou.
“Quem conhece que diga. Eu não conheço”, desafiou.
Em seguida, respondeu àqueles que agitam “o espantalho” de que a coligação PSD/CDS-PP quer privatizar a Segurança Social, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o ensino público: “Nunca tivemos um SNS que estivesse tão capitalizado, tão pronto a responder aos portugueses. Nunca tivemos um serviço público de educação que estivesse tão ao serviço da formação dos jovens portugueses e de melhores qualificações para os portugueses, e nunca tivemos uma ação social, um apoio social e solidário tão forte quanto este Governo soube dar nestes quatro anos”.
“Escusam de agitar esses espantalhos, porque felizmente hoje o Estado social está de melhor saúde, e recomenda-se, do que em 2011”, sustentou. “Pagámos as dívidas dos outros, arrumámos a casa“, reivindicou.
Alegando ter governado “a dialogar” e “sem dividir Portugal”, Passos Coelho apresentou-se como um defensor de que é preciso “pôr as divergências partidárias de lado e pôr acima de tudo o interesse dos portugueses e de Portugal” e alguém que quer “mudar a política”, contra a “velha política”.
“Essa escolha cabe-vos a vós. Eu quero. Se eu não quisesse fazer essa escolha, tinha estado a fazer outros cálculos e tinha-me ido embora e posto ao fresco quando era bom e era fácil”, observou, a seguir.
/Lusa
Eu NÃO dou a minha permissão para venderem o SNS, nem SSocial nem o Ensino Público!
Isto é o plano deles desde o início, vê-se o desenrolar desde que estes maltrapilhos entraram no poder.
Se for tudo privatizado, ADEUS país! Não que eu vá sair do país, mas porque vai ser TUDO destruído e aumentar MUITO o custo de vida.
“Pagámos as dívidas dos outros, arrumámos a casa“ – Grande lata, ó Passos!!!!!
Dos outros?! Afinal de contas, quem esteve no poder nestes últimos 40 anos?!?!?!?
…Daqui por 20, 30, 40 anos pode aplicar o raciocínio que adoptou mas relativamente às PPPê’s.
Outro dado que poderia “fertilizar” o seu exercício é dividir a análise em decénios ou mais esmiuçado, em ciclos de governação de 8 ou 4 anos! Isto porque meter variáveis políticas, económicas, finaceiras e sociais da vida de um país num “saco” temporal de 41 anos que até começou com a tentativa do totalitarismo de esquerda revolucionária (nacionalizações) parece demasiado alienatório.
Deve estar a acautelar o ordenado numa daquelas áreas de serviços do estado! Sabe-se que em nenhuma delas há serviço oficial de adivinhação, por ventura um(a) funcionário com aqueles predicados particulares! Porém, profissionalismo, eficácia, organizaação, tempos e métodos, produtividade são parâmetros de exigência correntes no sector privado. E você deve saber isso…