/

Mais de 22 mil professores sem colocação

5

ustock

-

As listas de colocações de professores foram publicadas esta sexta-feira, mas o site ficou indisponível durante a tarde. Cerca de 22 mil professores que concorreram a um contrato nas escolas da rede pública ficaram sem colocação, de acordo com os dados dos concursos divulgados pelo Ministério da Educação.

Em 25.296 candidatos a contratação inicial, foram colocados 2.833 professores em vagas consideradas necessidades transitórias das escolas.

Houve ainda 1.434 candidatos a renovação do contrato, dos quais 949 conseguiram manter o vínculo.

No âmbito das chamadas necessidades transitórias das escolas foram, assim, colocados 3.782 docentes a contrato, segundo os resultados hoje apresentados.

Por se tratar de ano de concurso interno e externo, todos os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) tiveram de concorrer, o que se refletiu num número mais elevado de horários pedidos pelas escolas, aumento que o ministério atribui também à diversificação das ofertas educativas.

No total, os diretores escolares pediram o preenchimento de 17.850 horários, ficando agora resolvida a situação de 15.718 horários.

Os restantes, segundo o ministério, serão quase todos absorvidos pelos procedimentos concursais que se seguem, nomeadamente a Bolsa de Contratação de Escola (BCE), destinada às escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), havendo ainda duas reservas de recrutamento para situações que surgem no início do ano letivo, resultantes da substituição de docentes por doença ou maternidade.

Do total de 13.130 docentes de carreira que entraram no concurso da mobilidade interna, foram colocados 11.936.

“Prevê-se que o número de docentes de carreira que ficou por colocar (373 de Quadros de Agrupamento/Escola sem componente letiva e 821 de QZP) venha a reduzir significativamente ao longo das próximas semanas”, afirma o ministério em comunicado.

As listas definitivas relativas aos concursos da mobilidade interna e da contratação inicial de professores, destinada a colmatar necessidades temporárias nas escolas, são disponibilizadas esta sexta-feira no site da Direção Geral da Administração Escolar (DGAE).

A contratação inicial produz efeitos a 1 de setembro, especifica o ministério, indicando que após os referidos procedimentos se encontram reunidas as condições para o início do ano letivo, em setembro.

“Precariedade permanente”

Após a divulgação das listas de colocação de docentes, a associação lamentou a “precariedade laboral permanente de milhares e milhares de professores”.

Em comunicado, a ANVPC defendeu que a vinculação de cerca de quatro mil professores na presente legislatura não foi suficiente para corrigir as injustiças e colmatar as aposentações de docentes na rede pública.

Exige, por isso, um novo concurso de vinculação extraordinária no ano letivo que vai iniciar-se (2015/16).

A associação sugere também que deveria ser aumentado o número de docentes nas escolas públicas, por forma a reforçar o tempo destinado a projetos de variados âmbitos, da cidadania ao empreendedorismo, passando pelos apoios pedagógicos destinados a melhorar o sucesso educativo.

A organização representativa dos professores contratados promete fazer nova denúncia às entidades europeias sobre a precariedade na classe.

/Lusa

5 Comments

  1. Em 2008 e 2009 os professores não largavam o governo em manifestações. A Avenida da Liberdade continua à vossa espera contra este governo. Situa-se no mesmo sítio. A diferença entre 2008 e 2015 está na força sindical que perdeu o folgo!!

    • Confirmo que as TV’s passam imagens-assuntos iguais em cada aparelho de TV plasma, led ou blak matrix, ou Flat Square ! O que me é impossível confirmar são os efeitos neuroniais de quem os liga !?!

  2. A vingança paga-se caro, foram os profs os maiores culpados deste governo, só por vingança, vá mandem-lhe ovos agora pode ser que consigam inverter as coisas, mas que cambada

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.