Luís Filipe Vieira afirma ter acompanhado pessoalmente a Polícia Judiciária (PJ) durante as buscas feitas em finais de julho no Estádio da Luz, mais concretamente ao escritório do diretor do Departamento de Apoio a Jogadores, José Carriço, detido por tráfico de droga.
O disco rígido do computador do diretor encarnado foi também apreendido pelas autoridades.
José Carriço, que foi motorista de Luís Filipe Vieira até até 2008, acabou detido no mesmo dia, quando circulava na A1 num automóvel de gama alta do clube e na posse de 9,5 quilos de cocaína.
A Procuradoria-Geral da República confirmou esta quinta-feira ao Jornal de Notícias que um dos detidos está referenciado no inquérito-crime como “funcionário do Sport Lisboa e Benfica”.
Em comunicado emitido ontem, o Benfica demarcou-se do caso, esclarecendo que em causa estava um caso de Justiça envolvendo um cidadão e não o clube, referindo-se a José Carriço como “ex-funcionário” e esclarecendo que “a PJ teve acesso ao antigo espaço que o referido ex-funcionário ocupava no estádio, tendo recebido, sobre o mesmo, toda a informação solicitada”.
A própria Procuradoria-Geral da República salientou que o Benfica “não era visado nas buscas”.
Os únicos arguidos da Operação Porta 18 são José Carriço – ou José Santos, como será mais conhecido no universo benfiquista – e um indivíduo do Porto.
O funcionário – ou ex-funcionário – do Sport Lisboa e Benfica, suspeito de ter tido reuniões com colombianos que entravam nas instalações do clube pela Porta 18, terá sido avistado em ações de vigilância da PJ na semana da sua detenção.
O comunicado do Benfica, no entanto, não é explícito quanto à presença do presidente dos encarnados nas buscas nem quanto à apreensão do computador de José Carriço.
ZAP
Os ‘soberanos’ press têm à mão nuances para emendar a mão.