Dalai Lama celebra 80 anos na Califórnia com 3 dias de festa

Giandomenico Ricci / Flickr

Tenzin Gyatso, o XIV Dalai Lama

Tenzin Gyatso, o XIV Dalai Lama

Milhares de simpatizantes e manifestantes juntaram-se do domingo ao dalai lama em Anaheim, Califórnia, Estados Unidos, no arranque de três dias de festividades para celebrar os 80 anos do líder espiritual tibetano.

O dalai lama, convidado de honra de uma “cimeira mundial da compaixão“, discursou perante 18 mil pessoas, afirmando que toda a gente tem a capacidade de sentir compaixão, incluindo os extremistas violentos.

“Vimos todos da nossa mãe. Todos temos uma experiência profunda, todos compreendemos a reação maternal. Alguns, incluindo aqueles a quem chamamos terroristas (…) têm também a capacidade de sentir compaixão”, declarou.

“Certas pessoas que exploram o ódio… Se exprimirmos uma mensagem de amor, uma mensagem de compaixão para com essas pessoas… elas vão perceber que a paz é a única maneira de a humanidade sobreviver”, disse o dalai lama.

Este encontro é “uma feliz oportunidade para as pessoas se juntarem e celebrarem a vida e as obras de Sua Santidade”, disse Tenzin Dhonden, fundador da associação “Amigos do dalai lama”.

Os bilhetes para as festividades em Anaheim foram vendidos por valores entre os 35 e os 180 dólares (entre 31 e 163 euros). As festividades prosseguem em Irvine, onde os bilhetes chegam aos 93 dólares (84 euros).

O líder espiritual já celebrou uma vez o seu aniversário na Índia, há duas semanas: nasceu a 6 de julho mas o seu aniversário oficial, baseado no calendário lunar tibetano, calhou a 21 de junho.

O dalai lama, galardoado em 1989 com o Prémio Nobel da Paz, vive exilado na Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa, há 56 anos.

Situada na cordilheira dos Himalaias, a atual Região Autónoma do Tibete, com apenas três milhões de habitantes, ocupa uma área cerca de 14 vezes maior que Portugal.

A China considera que a região é, desde há séculos, parte do seu território, enquanto os locais argumentam que o Tibete foi durante muito tempo virtualmente independente, até à sua ocupação pelas tropas chinesas em 1951.

/Lusa

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