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O ataque ao gabinete de ministros da Ucrânia, um amplo complexo governamental no coração de Kiev, foi o primeiro deste tipo na guerra.
Ataque de domingo foi muito forte, mas terá sido apenas o primeiro golpe de um Outono e de um Inverno difíceis.
A Rússia lançou 823 ataques durante a madrugada de domingo, com 54 drones e 9 mísseis a atingirem os seus alvos – num total de 805 drones e mísseis lançados. Morreram três pessoas.
Pela primeira vez, foi atingido um edifício do Governo na capital Kiev; o edifício em causa é a “casa” dos gabinetes dos ministros.
Este foi o maior ataque da Rússia à Ucrânia numa só noite, desde que a guerra começou em Fevereiro de 2022. Mas terá sido apenas o primeiro golpe russo de um Outono e de um Inverno difíceis para a Ucrânia.
A escala mudou nesta ofensiva, sobretudo devido ao ataque combinado de mísseis e drones a este nível. O especialista militar Oleg Zhdanov até se lembrou dos tempos de Estaline.
“Lembrei-me da II Guerra Mundial. Quando Estaline deu a ordem para transferir a economia para o sector militar, até fábricas de mobiliário começaram a fabricar aviões. Os pilotos de algumas regiões ficaram chocados ao verem estruturas de madeira sob a fuselagem do avião, que eram feitas nessas fábricas”, começa por analisar, no TSN.
“Está a acontecer mais ou menos o mesmo na Rússia, hoje. A capacidade de produção é simplesmente impressionante. Estão a montar estes drones para que possam simplesmente esmagar tudo com a sua massa ”, diz Oleg Zhdanov.
O especialista acredita que a Rússia continua a ter como prioridade atingir o sector da energia da Ucrânia. É uma forma de pressionar os civis ucranianos.
Este ataque foi tão forte, explica Oleg, que quando os mísseis de cruzeiro chegaram, “nada mais estava a funcionar, excepto as metralhadoras . Tudo já tinha sido disparado”.
O Gabinete de Ministros também poderia ter sido atingido devido à falta de poder de fogo dos sistemas de defesa aérea da Ucrânia, acrescenta.
E vêm aí mais ataques, provavelmente. Neste domingo a Rússia mostrou que consegue lançar, de uma só vez, mais de 800 drones – este é o número mais importante para a Ucrânia nesta ofensiva. “Isto é muito mau para nós“, diz Oleg Zhdanov.
Assim, prevê-se um período delicado, meses difíceis, provavelmente com cortes de energia devido aos ataques russos, que deverão ser em larga escala e a causar mais vítimas. Sem esquecer um foco: centrais termoeléctricas e hidroelétricas – que desligam unidades de energia nuclear.
E é provável que os russos lancem ataques combinados maciços várias vezes por semana.
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