Da bomba de gasolina à espionagem: três mitos sobre o seu telemóvel

Estão sempre connosco, e mesmo assim não os conhecemos tão bem como pensamos. Até duvidamos deles. Eis três mitos sobre os smartphones.

Os smartphones são hoje praticamente parte de nós; um sexto dedo; a última coisa em que tocamos, à noite, e a primeira em que pegamos, de manhã.

No entanto, surpreendentemente, ainda não os conhecemos assim tão bem. Cada vez surgem mais mitos em relação à sua presença e utilização.

Baseada, como sempre, na Ciência, a Popular Science desmistifica três teorias sobre os smartphones modernos.

Não, ele não vai explodir num posto de combustível

Esta crença, quase tão antiga quanto os próprios telemóveis, ainda se nota em alguns postos de abastecimento, que exibem sinais a proibir o uso do aparelho durante o reabastecimento.

A teoria diz que o telemóvel poderia emitir uma faísca capaz de inflamar vapores de gasolina. Mas até hoje não há qualquer registo de tal incidente.

Foi já há mais de 20 anos que os famosos Caçadores de Mitos (Mythbusters) tentaram provocar uma explosão desta forma numa bomba de gasolina. Não conseguiram.

Embora não seja perigoso atender uma chamada enquanto abastece, a recomendação mantém-se por outra razão: é preferível estar atento para evitar derrames.

Não, fechar apps não poupa bateria (se calhar até gasta)

Esta “teima” de não fechar as aplicações que não estão a ser usadas é conhecida especialmente por ser posta em prática, acidentalmente, pelos mais velhos, e por irritar os filhos e netos.

Mas a ideia de que encerrar manualmente as aplicações abertas prolonga a bateria ou acelera o sistema não passa de um mito.

Ao contrário do que acontece nos computadores, tanto o Android como o iOS “suspendem” as apps em segundo plano, impedindo-as de consumir recursos.

Nem a Google nem a Apple recomendam fechar apps para poupar bateria. Não traz benefícios e pode até ter o efeito contrário: ao reabrir a aplicação, o sistema consome mais energia para a carregar de novo.

Para prolongar a autonomia, a solução mais eficaz é ativar o modo de poupança de bateria, disponível no menu rápido de ambos os sistemas. Este reduz processos em segundo plano, permitindo um consumo mais eficiente — ainda que as notificações possam chegar com algum atraso.

Não, ele não está sempre a ouvir tudo

Muita gente acredita que os telemóveis gravam continuamente as suas conversas para direcionar publicidade. Histórias não faltam: mencionar um produto numa conversa e vê-lo, no dia seguinte, em anúncios nas redes sociais é uma experiência muito comum.

No entanto, vários estudos não encontraram até hoje provas concretas desta prática.

O verdadeiro problema residerá no mercado de “data brokers” e nas plataformas publicitárias que recolhem dados de navegação e fazem deduções extremamente precisas sobre os interesses dos utilizadores — sem necessidade de recorrer ao microfone.

ZAP //

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