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“Preparem-se para combustíveis mais caros nas próximas semanas”. Crédito à habitação também pode sofrer

ZAP

Guerra entre Israel e Irão mexe com aspectos da economia, também em Portugal. Irão é o 7.º maior produtor de petróleo.

A Rússia tinha invadido a Ucrânia há poucas horas e uma das (muitas) prioridades era a economia. Uma das consequências quase imediatas foi a subida do preço do petróleo.

A guerra mexe com os mercados. E um conflito que envolve o Irão pode ter sequelas ainda mais visíveis – o Irão é o 7.º país que produz mais petróleo.

Quando Israel atacou Irão, na sexta-feira passada, o preço de um barril Brent chegou a subir 13% logo nesse dia.

E essas variações vão chegar a Portugal, como se esperava: “É importante que se preparem para o eventual aumento da gasolina e do gasóleo nas próximas semanas. É um cenário provável”.

O aviso foi dado pelo economista Pedro Sousa Carvalho, que lembra que os barris já ultrapassam os 70 dólares no mercado, nesta altura.

Aliás, o presidente do Bundesbank – banco central da Alemanha – já alertou para os riscos de um choque petrolífero por causa desta nova guerra.

Mas os “estragos” não se ficam pelos combustíveis: o empréstimo da casa também pode sofrer.

A inflação pode voltar a acelerar e o Banco Central Europeu, ao reagir, deve optar por não descer as taxas de juro – contrariando a recente tendência de descida.

Ou seja, quem esperava por nova descida na prestação da casa em breve, poderá ficar desiludido. Os juros não devem descer nos próximos tempos.

O sinal positivo, para Pedro Sousa Carvalho (e para os investidores), é o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% da oferta global de petróleo e 20% do gás natural liquefeito. Para já, tem havido o cuidado – dos dois lados – de não bombardear este local estratégico.

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