Manuel de Almeida / Lusa

Com 145 votos a favor, 68 contra e 12 nulos. Deputado do Chega Filipe Melo também conseguiu eleição como vice-secretário da mesa parlamentar.
Depois de ter falhado a mesma eleição a 3 de junho, o deputado do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, foi eleito, esta terça-feira, para vice-presidente do Parlamento.
O deputado do Chega conseguiu 145 votos a favor, 68 contra e 12 nulos num total de 229 votantes, contornando assim o veto do início do mês.
Pacheco de Amorim, de 76 anos, volta assim ao cargo que ocupou na última legislatura. Também Filipe Melo, deputado do mesmo partido, foi eleito vice-secretário da mesa do Parlamento.
Na votação anterior, nem um nem outro tinha conseguido reunir votos suficientes para serem eleitos. A eleição foi falhada por apenas um voto, tendo o candidato obtido 115 votos a favor, 115 brancos e zero nulos. Já Filipe Melo teve 113 votos a favor, 117 brancos e zero nulos, falhando a eleição por três votos.
André Ventura descreveu na altura a situação como uma “traição rasteira”.
“Houve um entendimento alargado e pensei que esse entendimento fosse estendido às três principais forças representadas no parlamento. Não se compreende, num partido que é o segundo maior do parlamento, que os outros partidos devem mandar em tudo. Estão a tentar fazer um cordão sanitário a um partido que os portugueses escolheram”, defendeu o líder do Chega.
O único candidato do Chega que foi eleito em 3 de junho foi Gabriel Mithá Ribeiro, que foi reconduzido como secretário da Mesa da Assembleia da República. Teve 131 votos a favor, 99 brancos e zero nulos.
Recorde-se que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, foi reeleito com a segunda maior votação de sempre, com 202 votos, ficando atrás apenas de Jaime Gama, que obteve 204 votos em 2009.
Esta terça-feira, o parlamento debate o programa do Governo.