Paulo Novais / Lusa

Miguel Albuquerque, aguarda para votar para as eleições legislativas da Madeira
Legislativas, outra vez legislativas, depois autárquicas e presidenciais já em 2026. Campanha para o primeiro ato já começou.
Arrancou a campanha para as eleições antecipadas na Madeira.
As legislativas de 23 de março, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.
Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, é o candidato do PSD. Paulo Cafôfo do PS e Élvio Sousa do JPP completam a lista dos candidatos que deverão ser os mais votados.
Os restantes cabeças de lista são José Manuel de Sousa Rodrigues (CDS-PP), Miguel Castro (Chega), Gonçalo Maia Camelo (IL) e Mónica Freitas (PAN); isto dos partidos que já têm pelo menos um deputado.
Concorrem ainda: Edgar Silva (CDU), Roberto Almada (BE), Marta Sofia (Livre), Paulo Brito (PPM), Raquel Coelho (Força Madeira), Paulo Azevedo (Nova Direita) e Miguel Pita (ADN).
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
Na legislatura que agora termina, o parlamento regional tinha 19 representantes do PSD, 11 do PS, nove do JPP, três do Chega e dois do CDS-PP. PAN e IL tinham um assento cada e havia ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Os sociais-democratas venceram todas as legislativas regionais e governam há 49 anos o arquipélago. Para garantir a maioria absoluta o PSD já fez acordos com o CDS-PP e o PAN, mas o atual executivo (em gestão) é minoritário.
De acordo com os orçamentos entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, as candidaturas preveem gastar, em conjunto, 1,049 milhões de euros na campanha que irá decorrer até dia 21.
Esta será a primeira vez em 2025 que os madeirenses seguem para eleições – mas deverá ser a primeira de quatro eleições em menos de um ano: estas legislativas regionais, as prováveis legislativas antecipadas nacionais, as autárquicas em setembro/outubro e as presidenciais em janeiro de 2026.
E ainda poderão ser cinco, caso o Governo Regional da Madeira seja outra vez derrubado.
ZAP // Lusa