Paulo Novais / Lusa

O primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O desabafo do presidente da Junta de Freguesia de Anta e Guetim, em Espinho, sobre o novo traçado ferroviário da Linha de Alta Velocidade (TGV) está a trazer um novo embaraço ao primeiro-ministro – tudo por causa de uma quinta que é poupada das expropriações.
O autarca da Junta da União de Freguesias de Anta e Guetim, Nuno Almeida, lamentou que o traçado do TGV em Espinho, foi alterado sem aviso, estando agora sinalizadas para demolição casas antes indicadas como seguras.
A situação surpreendeu algumas famílias locais, que esta semana foram abordadas por uma empresa afecta ao projecto, e que ouviram dos seus profissionais “que as suas casas serão demolidas“, revelou Nuno Almeida que foi eleito pelo PS.
Quem se salva com este novo traçado é a Quinta da Gata, uma propriedade que inclui um picadeiro de cavalos e que pertence à empresa Violas Ferreira – Sic Imobiliária Fechada, conforme apurou o Correio da Manhã (CM).
O jornal assegura que esta empresa é “controlada pelos Viola Ferreira, familiares de Manuel Violas, dono da Solverde” e amigo pessoal de Luís Montenegro, conforme o próprio assumiu no Parlamento.
O Grupo Solverde tem a concessão pública da exploração do jogo nos casinos do Algarve e de Espinho e está no meio da polémica em torno da empresa da família do primeiro-ministro, que levou à actual crise política que pode terminar com eleições antecipadas.
Quem é, afinal, o dono da Quinta da Gata?
A Quinta da Gata que escapa às demolições no novo traçado do TGV na zona de Espinho levantou algumas dúvidas na comunicação social.
O Público começou por anunciar que o Grupo Solverde seria o proprietário. Mas depois retirou essa informação, apontando que “tal ligação não se verifica”.
O Expresso também fez eco da notícia, mas acabou por apagar a informação relativa ao Grupo Solverde.
Entretanto, o CM veio anunciar que a quinta pertence a “um familiar do dono da Solverde“, que integra o “ramo da família Violas Ferreira“.
Novo traçado “ainda não é definitivo”
A proposta inicial apresentada pela Infraestruturas de Portugal para a linha do TGV em Espinho, cortaria a Quinta da Gata a meio.
Mas o consórcio vencedor do concurso público internacional para a obra, a Lusolav, terá deslocado a linha da Alta Velocidade “para poente”, passando a “afectar a propriedade na zona lateral e não na central”, segundo o CM.
A Lusolav já veio assegurar, em comunicado, que “o traçado se encontra em fase de desenvolvimento de projecto” e que, portanto, esta nova proposta “não [é] definitiv[a]”.
O Ministério das Infraestruturas também sublinha, em comunicado, que “não teve, não tem, nem deveria ter conhecimento desse traçado final, pois, como referido, o mesmo é da responsabilidade do concessionário“.
Já o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, nota, citado pelo CM, que “a proposta de traçado do concessionário é diferente” da desta entidade, mas diz que “está dentro do corredor [definido]“.
Autarca socialista diz que “não é erro inocente nem descuido”
Mas em Anta e Guetim, sobra a revolta com a nova ideia de traçado. O presidente socialista critica a falta de respeito pelos direitos da população e acusa a Infraestruturas de Portugal de “continuar sem prestar qualquer esclarecimento formal”.
O autarca garante que “o traçado que está a ser alvo de levantamento cadastral e topográfico nunca foi discutido com as autarquias ou com os cidadãos”.
Nuno Almeida também lamenta que as equipas no terreno que foram “contratadas pelo consórcio que concorreu para a construção do troço Porto/Oiã”, estão a avançar “sem que o traçado tenha sido oficialmente aprovado ou apresentado às populações”.
“Na única solução que teve aprovação ambiental — a Variante “Vila Nova de Gaia” — este percurso simplesmente não existe“, garante ainda o autarca.
Insistindo que “esta mudança surge do nada”, Nuno Almeida atribui as alterações à mudança de Governo e diz que é “legítimo questionar se se está perante uma escolha puramente técnica ou se há novos critérios que não foram devidamente esclarecidos”.
“O que está a ser feito a Espinho não é um erro inocente nem um descuido“, atira ainda o autarca socialista, desafiando o Governo e a IP a explicarem a situação.
Entretanto, Nuno Almeida defende a “suspensão imediata dos levantamentos no terreno até que haja um traçado formalmente aprovado e validado”, e quer “garantias públicas de que as habitações, equipamentos e bens pessoais que antes estavam protegidos continuarão a ser salvaguardados”.
ZAP // Lusa
O “politica Democratica” do PSD resume-se a Lobbis. Ponto, fim da discussão.
Já o Cavaco também vez “Lei à medida” na defesa de um determinado grupo.
O Durao, até foi avisado pela UE, para prescindir de contactar os membros da UE para fazer Lobbi.
O Passos, iniciou o Lobbi do “Imobiliario” com os Vistos Gold, as vendas a estrangeiros, a venda do Imobiliario da Fedilidade e BES, ao Fundo abutre Lone Star.
Agora vem este “campeao” a fazer exactamente a mesma coisa.
Politica a favorecer Grupos, não é interesse do Colectivo, logo não interesse Publico.
Esqueceste-te de referir os do PS , como o saca-milhões Sócrates e o Manuel Pinho.
Se queres ver Sacar Milhoes, espero pelo novo aeroproto e as obras nos acessos.
Há uma Fabrica de Chinos em Sines, que o Estado vai entrar com 500 Milhoes. Será o preço total da fabrica, ou vão cair nos bolsos de algum ´.
Eu nunca vou esquecer as “Obras” do Cavaco e do PSD, a fazerem Leis a violar directamente e objectivamente o Direito Europeu!
Para mim é suficente, com os PSD estamos “Rodeados por Cães”
Como isto está! Até os jornais já inventam proporietários da quinta para chegar aonde querem. Isto está a saque completo.
Nada!
O ministro das Infraestruturas já disse que tudo tinha sido aprovado ainda pelo anterior governo.
Não inventem mais! Já chega o que temos.
Foi como os riscos nas pedras de Foz Coa. Não se fez a barragem que iria beneficiar milhares , depois investiram dinheiro meu para ficar completamente ao abandono.
Ou seja , lá veio o Socrates dar barragens mais uns milhares de indemenização. Mas como tudo neste país a culpaé do Passos que teve de executar o que os xuxialistas assinaram.
Bem também não nos podemos esuqcer que ainda só levaram o país á banca rota por três vezes.
Fico feliz por salvarem a excelente quinta de cavalos e reconstruir pequenas casas feias.
A reconstrução das casas vai permitir uma melhoria na qualidade de vida dos proprietários.
Entretanto outras, que não estavam no plano, são avisadas da demolição.
Qualquer coisa não bate certo…ou melhor, bate! bate!
Tenho pena do traçado do TGV não passar por cima da Assembleia da República, reconstruia outra com gente simples honesta coisa que infelizmente não há.