Presidential Press and Information Office / Kremlin
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Os presidentes da Bielorrúsia, Alexandre Lukachenko, Cazaquistão, Nursultan Nazarbaiev, e Rússia, Vladimir Putin, na assinatura da criação da União Económica Eurasiática
Financial Times revela documento confidencial – e os receios da Rússia em relação ao aparente afastamento de países que estavam da URSS.
A Rússia quer uma nova ordem mundial. Segundo um documento revelado pelo Financial Times, a ideia do Kremlin é rivalizar com blocos existentes e aumentar a influência sobre países que faziam parte da URSS.
Os planos são feitos a longo prazo. A prioridade seria criar um bloco comercial – ser rival da União Europeia, da China ou dos EUA.
A ideia do Governo da Rússia seria criar uma macro-região euro-asiática focada no comércio; liderada por Moscovo, para a Rússia ter maior influência global.
Cada membro desse bloco teria acesso privilegiado a matérias-primas, desenvolvimento de laços financeiros e de transportes.
Também haveria um factor ideológico: todos teriam a mesma visão comum do mundo, “onde nós escrevemos regras para o novo mundo [e temos] a nossa própria política de sanções”, lê-se no relatório, cita o Financial Times.
O documento terá sido apresentado há quase um ano por Mikhail Mishustin, primeiro-ministro da Rússia, numa reunião que teve líderes russos de alto nível.
No entanto, o mesmo relatório do Kremlin mostra que surgiu um obstáculo nessa intenção: a guerra na Ucrânia. O início do conflito trouxe inúmeras sanções ocidentais – e isso afastou antigos aliados do Kremlin.
Nesse documento, o Governo da Rússia reconhece que perdeu influência sobre o espaço pós-soviético, em parte devido às sanções ocidentais sobre a Rússia. Porque houve impacto no acesso a mercados globais, corredores de transporte e cadeias de alimentação.
Mas há mais factores: o Azerbaijão culpa a Rússia pela queda de um avião no final do ano passado; a Arménia saiu há poucos meses da aliança militar liderada pela Rússia, a OTSC; o Cazaquistão condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Rússia também admite que vai ser difícil recuperar grande influência sobre esses países que eram da URSS, mesmo que vença a guerra na Ucrânia.
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