António Pedro Santos / LUSA
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Membros do conselho administrativo do hospital renunciaram aos cargos para evitarem ser um “obstáculo” à tutela.
Esta quinta feira, os membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra apresentaram a demissão.
“Esta decisão permitirá à tutela implementar as medidas e políticas que considere necessárias, não sendo este Conselho de Administração um obstáculo“, lê-se no comunicado, a que o Observador teve acesso.
Foi por isso, escrevem, que “apresentaram a Sua Excelência, a Ministra da Saúde e ao Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde, a renúncia aos cargos”.
A decisão ocorre um dia depois do conselho administrativo do hospital ter reunido com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, após a demissão do diretor do Serviço de Urgências,Hugo Martins, esta semana.
O ex-diretor das urgências do hospital dizia, À saída, que o Conselho de Administração se manteria, uma vez que mantinha “a capacidade de trabalhar”.
No entanto, não foi assim que aconteceu. A Ordem dos Médicos defendeu mesmo o encerramento do Serviço de Urgências da ULS após a demissão de Hugo Martins, por este serviço não reunir as condições necessárias para se manter ativo.
Este mês o hospital atingiu tempos de espera recordes, com doentes urgentes a aguardar até 34 horas até serem vistos por um médico.
No Parlamento, após o anúncio da demissão, o Bloco de Esquerda interpelou a ministra da Saúde sobre o estado de “pré-ruptura” do Hospital Amadora-Sintra, avança o Público. Ana Paula Martins afirmou que “a capacidade do hospital tem de ser reestabelecida”.
Desmantelamento do SNS, em ritmo acelerado.
Outras demissões, outros encerramentos se seguirão até se instalar o caos total! A ver vamos!